Faculdade contesta declaração de Matteus sobre fraude de cotas raciais
A instituição de ensino afirmou que o edital do vestibular prestado pelo gaúcho exigia autodeclaração étnico-racial
A assessoria do Instituto Federal Farroupilha (IFFar) contestou na segunda-feira (17/6) as declarações de Matteus Amaral sobre a fraude de cotas raciais em 2014. Nos últimos dias, o vice-campeão do "BBB 24" negou ter sido o responsável por sua inscrição no vestibular para cursar Engenharia Agrícola, culpando "um terceiro" que teria feito o registro.
Segundo a faculdade, o candidato precisa assinar uma autodeclaração para a inscrição nas vagas reservadas a candidatos pretos, pardos ou indígenas. A informação também constava no edital do vestibular prestado por Matteus, que foi publicado em outubro de 2013.
"Como pode ser constatado no edital e no Manual do Candidato daquele ano, a inscrição naquela cota exigia uma 'autodeclaração étnico-racial, preenchida e assinada, de que é preto, pardo ou indígena'", afirmou a assessoria da IFFar.
A política de cotas raciais mudou a partir de 2022, quando a instituição de ensino acrescentou outro procedimento de heteroidentificação no processo seletivo. Agora, a comissão avalia a aparência dos candidatos para combater possíveis fraudes no uso das cotas.
A faculdade afirmou que o caso do gaúcho está sob análise interna: "A forma de apurarmos o que exatamente ocorreu naquele ano e naquele caso específico é pelo processo administrativo. […] E após será encaminhado para a Procuradoria Jurídica do IFFar para análise quanto ao caso concreto, à legalidade e aos fluxos processuais", diz uma nota enviada à imprensa.
Matteus Amaral ainda não se pronunciou sobre os novos desdobramentos.