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Conheça o operário irlandês que passou 61 dias em um caixão enterrado vivo

Mick Meaney realizou a façanha em 1968. No entanto, nenhum representante do Livro Guinness dos Recordes registrou o feito

19 nov 2025 - 14h58
(atualizado às 16h16)
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Resumo
Em 1968, o operário irlandês Mick Meaney foi enterrado vivo por 61 dias, superando um recorde anterior, mas seu feito nunca foi reconhecido pelo Guinness.
Em 1968, Mike Meaney ficou 61 dias enterrado em um caixão
Em 1968, Mike Meaney ficou 61 dias enterrado em um caixão
Foto: Reprodução/TG4 Television

Em 1968, o operário irlandês Mick Meaney tinha 33 anos, quando foi sepultado vivo em um caixão para, 61 dias depois, ser desenterrado e aplaudido por uma multidão nos arredores de um pub londrino.

A incrível façanha de Meaney foi retratada no documentário Beo Faoin bhFód (“Enterrado Vivo”, em tradução direta do irlandês), exibido em diversos festivais recentes.

“Ele era mais um irlandês, daqueles que hoje são chamados de irlandeses esquecidos, que trabalhavam lá com picareta e pá e enviavam o dinheiro para suas famílias”, descreveu Mary Meaney, filha do operário, em entrevista para o documentário, conforme reportado pelo jornal britânico The Guardian. “Os tempos eram difíceis naquela época.”

Antes de chegar a Londres, Meaney queria ser lutador de boxe. Mas, uma lesão o forçou a trocar as luvas pelas ferramentas que usava para cavar túneis na capital inglesa. No entanto, durante um expediente, ele acabou soterrado por escombros. Ao invés de um trauma, o operário desenvolveu um sonho: bater o recorde de maior tempo enterrado vivo — à época, nas mãos de um texano chamado Bill White, que passou 55 dias no subsolo.

Para concluir o objetivo, o irlandês contou com o apoio do artista de circo e empresário Michael 'Butty' Sugrue, que cedeu o pub dele para a realização do velório de Meaney. De lá, o caixão com ele dentro foi transportado de caminhão até um terreno de um cidadão chamado Mick Keane, onde seria enterrado.

Caixão de Meaney possuia tubo para entrada de ar, alimentos e líquidos
Caixão de Meaney possuia tubo para entrada de ar, alimentos e líquidos
Foto: Reprodução/TG4 Television

A estrutura soterrada possuía um tubo para a entrada de ar, contato telefônico e por onde também eram transportados alimentos e bebidas. Além disso, contava com um alçapão de acesso para uma cavidade sob o caixão, usada para as necessidades fisiológicas do operário.

À parte as necessidades básicas, durante 61 dias, Meaney fez exércitos adaptados ao confinamento, leu livros, passou pomada no corpo e conversou com pessoas por telefone. Finalizado esse período, o caixão foi desenterrado e novamente transportado em caminhão até o pub. Durante todo o caminho, recebeu aplausos de uma multidão.

Quando a tampa foi removida, o operário, de óculos escuros, disparou à imprensa. “Gostaria de continuar por mais cem dias. Estou muito feliz por ser o campeão mundial.”

Apesar do momento de glória, o feito de Meaney nunca foi reconhecido pelo Livro Guinness dos Recordes e nem conseguiu monetizar o feito. Tempos depois, passou a trabalhar no conselho de um condado local e faleceu em 2003. “Ele poderia ter vivido uma vida comum, da classe trabalhadora, normal, mas ele ansiava por essa vida extraordinária”, concluiu Mary. Ao quebrar o recorde mundial, ele teve a sensação intensa de que, enfim, era alguém. "Eu sou alguém", disse. 

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Fonte: Portal Terra
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