'Socialismo é uma ideia linda', diz Amanda Seyfried
Em entrevista sobre novo filme, atriz elogia princípio de cuidado mútuo e traça paralelos com história clã Shaker
Amanda Seyfried virou pauta nas redes sociais depois de afirmar que considera o socialismo "uma ideia linda", durante uma entrevista para a Variety seu novo trabalho no filme O Testamento de Ann Lee (2025). A estrela de Meninas Malvadas (2004) e The Dropout (2022) explicou que, mesmo reconhecendo que o sistema não funciona perfeitamente e que muitas pessoas não entendem seu significado real, para ela a palavra representa a ideia fundamental de cuidar uns dos outros.
"Que tal se todos nós deixássemos de lado as nossas agendas pessoais? Que tal se a nossa agenda fosse cuidar uns dos outros?", explicou. "O socialismo é uma ideia maravilhosa, e eu sei que não funciona perfeitamente, ou que as pessoas não entendem o que a palavra realmente significa", continuou ela.
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A declaração foi feita em entrevista ao Award Circuit, podcast da revista, quando a conversa acabou se voltando à importância de valores comunitários retratados no drama musical que ela protagoniza. Seyfried sugeriu que a cooperação e o apoio mútuo são qualidades que faltam à sociedade contemporânea, e que deveriam ser mais valorizadas na vida cotidiana.
"Acho que, se eu tenho mais dinheiro, posso gastar mais dinheiro com outras pessoas — não é?", disse ela, defendendo a visão de que o propósito não deve ser apenas acumular riqueza pessoal, mas também considerar o bem-estar coletivo. A atriz foi além ao destacar que ninguém deveria precisar de tragédias ou desastres para demonstrar altruísmo ou unidade humana.
Seyfried também refletiu sobre aspectos mais amplos da natureza humana em sua fala, lembrando que pessoas, independentemente de suas motivações ou crenças, desejam ser vistas, amadas e valorizadas, e que aspectos como ego e ganância podem atrapalhar a capacidade de agir de forma cooperativa.
O filme por trás das declarações
O Testamento de Ann Lee é um drama musical histórico dirigido por Mona Fastvold, que acompanha a vida de Ann Lee, a fundadora da comunidade religiosa conhecida como os Shakers, no século XVIII. O longa estreou em grandes festivais internacionais, como o Festival de Veneza, e está previsto para chegar aos cinemas brasileiros em março de 2026.
No filme, Seyfried interpreta Lee, que liderou uma comunidade baseada em princípios de vida comunitária, igualdade e devoção espiritual, valores que ecoam nos comentários da atriz sobre coletividade e cuidado mútuo. A produção mistura elementos de música tradicional e números musicais originais, refletindo a atmosfera única do movimento Shaker.
Rolling Stone Brasil
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