Criador de "Bebê Rena" assina contrato para criar novos projetos na Netflix
Chefe da plataforma defendeu Richard Gadd e se disse orgulhoso da série em meio a processo de US$ 170 milhões
Richard Gadd, criador e protagonista de "Bebê Rena", fechou um contrato com a Netflix para futuros projetos. O anúncio foi feito por Ted Sarandos, chefe do streaming, durante uma coletiva de imprensa realizada em Londres. O acordo ocorre após o sucesso da série, que conquistou grande audiência, diversos prêmios e gerou controvérsias.
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Vitória no Emmy
O anúncio chega logo após "Bebê Rena" se tornar uma das grandes vencedoras do Emmy 2024. No evento de domingo (15/9, a produção conquistou o prêmio de Melhor Minissérie, além de reconhecimentos pelo roteiro e pelas atuações de Richard Gadd e Jessica Gunning, que interpreta a personagem Martha.
Processo de US$ 170 milhões
Apesar da popularidade e suas vitórias no Emmy, "Bebê Rena" também resultou em um processo de difamação. Fiona Harvey, identificada como a "Martha da vida real", moveu uma ação contra a Netflix no valor de US$ 170 milhões. A série, baseada em eventos reais da vida de Gadd, retrata a personagem Martha como uma stalker perigosa que chegou a ser presa, algo que Harvey contesta, acusando a plataforma de difamação, imposição de sofrimento emocional, negligência e violação de seus direitos de publicidade. A Netflix alega que a produção é ficção e não documentário.
Defesa de Ted Sarandos
Durante a coletiva, Sarandos defendeu tanto a série quanto o direito de Gadd de contar sua história. "Estamos incentivando contadores de histórias a contarem suas histórias. Esta é a história de Richard", afirmou o chefe da Netflix. Ele também destacou que a plataforma está "muito orgulhosa" do trabalho de Gadd, ocasião em que anunciou que a Netflix já firmou contrato para o próximo projeto do roteirista.
Questionado sobre o aviso de "história real" na série, Sarandos voltou a enfatizar que a produção não é um documentário. "Estamos vendo ser performado por atores na televisão. Acho que está abundantemente claro que há dramatização envolvida", explicou ele, em resposta ao processo de Fiona Harvey.