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'Marty Supreme' equilibra precisão do tênis de mesa com um Timothée Chalamet caótico

A convite da Diamond Filmes, Rolling Stone Brasil assistiu ao filme com antecedência e te conta o que achou

10 dez 2025 - 08h42
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Até onde você iria para se tornar um dos grandes? Para Timothée Chalamet, é se inspirar nos grandes atores e atrizes, como Daniel Day-Lewis, Marlon Brando e Viola Davis, e até nos atletas Michael Jordan e Michael Phelps. Curiosamente, seu novo personagem, Marty Mauser, protagonista de Marty Supreme, é igualmente ambicioso, e milhares de vezes mais caótico.

Timothée Chalamet como Marty Mauser no filme Marty Supreme
Timothée Chalamet como Marty Mauser no filme Marty Supreme
Foto: Divulgação / Rolling Stone Brasil

No filme dirigido por Josh Safdie — o primeiro solo do cineasta após fazer carreira em colaborações com o irmão, Ben Safdie —, Chalamet entrega a melhor atuação de sua carreira ao transitar com naturalidade entre comédia, drama e absurdos que a narrativa do filme, levemente baseado na vida do mesatenista Marty Reisman, mostra em tela.

A trama mostra um jovem com muitos sonhos que embarca em uma jornada frenética, de Nova York a Tóquio, em sua busca pela grandeza no tênis de mesa. Os minutos iniciais apresentam com eficiência os dois protagonistas, Marty e Rachel Mizler (interpretada pela ótima Odessa A'zion, atriz de I Love LA), e culminam em uma transição inesperada — sem entrar em detalhes para não dar spoilers, mas você vai entender do que estou falando ao assistir ao longa.

Com essa moda de cinebiografias em Hollywood nos últimos anos, Marty Supreme foge daquela fórmula de dramatizar muito a vida do protagonista e mostrar flashbacks (que normalmente são em preto e branco) da infância/adolescência/início da vida adulta. A história é contada de forma muito envolvente e a duração de 2h30 passa despercebida.

O elenco de apoio também sustenta a grandeza e a loucura de Marty Mauser. A'zion se destaca como Rachel. Tyler Okonma (nome adotado por Tyler, the Creator em sua carreira de ator) brilha como Wally em sua estreia no cinema. Luke Manley diverte no papel de Dion Galanis, o amigo rico que Marty usa como patrocinador. Gwyneth Paltrow traz camadas a Kay Stone, ex-atriz que vive à sombra do marido, o magnata Milton Rockwell (Kevin O'Leary) — ambos acabam entrando no radar interesseiro do protagonista. Já Abel Ferrara impressiona como o esquisito e misterioso Ezra Mishkin, peça essencial na história.

Claro, não tem como não falar da direção de Josh Safdie, que comandou Joias Brutas (2019) e Bom Comportamento (2017) com o irmão anteriormente. O cineasta consegue equilibrar a precisão do tênis de mesa com a energia caótica de Timothée Chalamet, cujo personagem se afunda em confusões enquanto decepciona quase todos ao seu redor.

Mesmo com diversos personagens e acontecimentos frenéticos, Marty Supreme consegue construir uma história sólida que te faz rir, ficar tenso e até se emocionar, especialmente na sequência final. Esta não é apenas a história de um atleta de tênis de mesa de Nova York, mas também um retrato de ambição e de relacionamentos — amorosos, familiares e de amizade — tratados de forma profundamente humana. Além de destacar Timothée Chalamet em seu melhor momento, o filme também serve como vitrine para Tyler Okonma e Odessa A'zion, dois talentos promissores apresentados com grande impacto.

Marty Supreme estreia nos cinemas brasileiros em 22 de janeiro, com sessões antecipadas a partir de 8 de janeiro.

https://www.youtube.com/watch?v=jlufghPi_y4

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