Galisteu reage a boicote: "Minha história com Senna existe"
Ela anuncia documentário próprio para contar sua versão da história com Senna
A apresentadora Adriane Galisteu voltou a se pronunciar publicamente sobre o apagamento de sua história no enredo da série Senna, lançada pela Netflix em 2024.
Em entrevista durante o reality Barras Invisíveis, do Universal+, Galisteu demonstrou indignação com o que classifica como uma tentativa constante da família de Ayrton Senna de minimizar o relacionamento que teve com o piloto nos anos que antecederam sua morte, em 1994.
"Eu sofro um apagamento que não é de agora, é da vida inteira. Mas eles não vão conseguir me apagar", declarou.
A série, que contou com a colaboração e autorização dos herdeiros de Senna, retrata uma personagem inspirada em Galisteu, mas com aparições pontuais e sem destaque algo que gerou críticas expressivas do público nas redes sociais.
Galisteu e Ayrton Senna viveram um relacionamento intenso durante os últimos anos de vida do piloto, e ela esteve ao seu lado nos momentos finais.
"Quem viveu com o Senna 24h, dormiu, acordou, se divertiu, chorou, fomos eu e ele", reforçou a apresentadora, lamentando a forma como sua importância foi minimizada ou ignorada em diversas produções sobre o ídolo brasileiro.
A ausência de Galisteu em projetos oficiais sobre a trajetória de Ayrton Senna já foi notada anteriormente, mas o lançamento da série reacendeu o debate sobre o tratamento dado à sua imagem. Diante da repercussão e do sentimento de apagamento histórico, a apresentadora anunciou a produção de um documentário sobre sua história ao lado do piloto.
A obra será lançada pela plataforma Max, embora ainda não tenha data oficial de estreia.
Galisteu: Apresentadora critica ausência de destaque em produção da Netflix
Segundo Galisteu, o projeto trará à tona memórias íntimas e relatos inéditos da relação que viveu com Senna. "É um mergulho profundo em memórias que, por muito tempo, ficaram trancadas", afirmou em entrevista à colunista Mônica Bergamo.
A proposta do documentário é apresentar ao público uma perspectiva até então deixada à margem nas grandes narrativas sobre a vida do piloto.
Esta não será a primeira vez que Galisteu compartilha sua vivência com Ayrton Senna. Em 1994, ainda em luto pela perda, ela publicou o livro O Caminho das Borboletas, no qual já detalhava momentos do relacionamento. Com o novo projeto audiovisual, ela espera revisitar essa história com mais profundidade e liberdade, em um ambiente que permita sua própria versão dos fatos.
A movimentação de Galisteu reacende uma discussão sobre quem tem o direito de contar a história de figuras públicas e como narrativas oficiais podem excluir experiências significativas.
Em meio às homenagens a Ayrton Senna, a apresentadora afirma que sua vivência não será silenciada e que merece ser ouvida — não como forma de autopromoção, mas como parte legítima de uma trajetória que marcou o Brasil.