Evangeline Lilly dá detalhes de 'Quantumania' e abre o jogo
O filme estreia em 17 de fevereiro de 2023.
Evangeline Lilly esteve no Brasil durante a CCXP22 e não escondeu a empolgação para contar sobre 'Quantumania', terceiro filme da saga de 'Homem-Formiga'.
Animada, ela deu detalhes de como foi ler o roteiro pela primeira vez.
"Eu amei! O que foi legal é que eu senti que ali já era o roteiro completo, como se não precisasse ser reescrito, mas claro que a Marvel reescreveu umas 50 vezes antes de terminarmos o filme e provavelmente estão no processo de reescrita enquanto editam o filme neste momento", disse. "Mas é muito legal ver que começamos de uma base sólida, é um privilégio ter isso em um filme de grande orçamento como esse. Costumava ser normal, mas não é mais. Geralmente você parte de uma estrutura de roteiro e segue a partir disso, o que eu não gosto, faz eu me sentir insegura como artista".
Comparando a personagem no início da jornada, ela falou de uma mudança significativa e ainda deu um relato importante sobre o que mudou na sua vida pessoal desde então, principalmente envolvendo o movimento "Me Too".
"Ela era fria, isolada, desengajada. Não tinha nenhum apego familiar ao pai, não tinha amigos e agora ela está em um lugar muito diferente, mais vulnerável, cheio de amor", disse. "Para mim, muita coisa mudou. Quando estávamos rodando, a história do Harvey Weinstein explodiu e eu interpreto essa mulher superempoderada, a primeira heroína com um título no MCU. Essa notícia me fez perceber quão vulneráveis e abusadas as mulheres são na nossa indústria. Eu não sou exceção; não fui abusada, mas todas já passamos por situações assim".
"A partir disso, começou um processo dentro de mim que já dura três anos, um acerto de contas com a realidade das coisas que eu tenho lidado na minha vida. Coisa que eu não deveria ter aturado, que eu não tinha que ter escutado e que eu não tenho que lidar. Por isso, hoje me sinto 1 milhão de vezes mais empoderada", afirmou.
Sempre visceral, Lilly desabafou sobre a dificuldade de rodar na pandemia.
"A parte mais difícil foi rodar no meio da pandemia. A gente via pouquíssimo o rosto um do outro e aquela intimidade que tínhamos e que fazia o set prosperar foi interrompida. Eu sou uma atriz muito emocional, não sou uma caixa de ferramentas, e eu sinto a energia no set... essa parte foi muito difícil".
Paulista, formada em jornalismo e cinema, sempre foi apaixonada por filmes e séries. Aos poucos, começou a escrever suas primeiras críticas e percebeu que poderia transformar o universo da Cultura Pop em sua profissão.
