Almodóvar considera Globo de Ouro "mais humano" que o Oscar
O cineasta espanhol Pedro Almodóvar reconheceu nesta quinta-feira (15) que recebeu com "mais esperança que nunca" sua sétima indicação ao Globo de Ouro, prêmio que define como "mais humano que o Oscar", e ao qual concorre na categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira por A Pele que Habito.
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"Estava colado no computador porque sabia que anunciariam as indicações e as acompanhei à medida que iam aparecendo", reconheceu Almodóvar à imprensa na apresentação em Madri do livro sobre sua obra, Pedro Almodóvar Archives. O diretor assumiu sem pudor que está nervoso com a possibilidade de receber um prêmio, apesar de já ter ganhados dois Oscar, um prêmio em Cannes de Melhor Diretor e dois Globos de Ouro, além de muitos outros.
"A cerimônia do Oscar é um programa de televisão, com o pior que isso tem e um pouco do melhor. As pessoas estão à beira da histeria. É um milagre que não caiam pelas escadas", comentou. "Nos Globos de Ouro há mais tranquilidade. As pessoas não comem, mas bebem e isso tira a rigidez da cerimônia. Acontecem mais imprevistos, tanto com os que apresentam como com os que recebem ou os que não ganham. Todos reagem com mais espontaneidade", comparou.
Esta sétima indicação chegou para Almodóvar de maneira "muito oportuna" para demonstrar que, ao contrário do que dizem alguns meios de comunicação na Espanha, A Pele que Habito foi bem recebido pela crítica nos EUA.
O filme espanhol concorrerá com o novo filme do chinês Zhang Yimou, The Flowers of War; a estreia como diretora de Angelina Jolie, Terras de Sangue e de Mel, filmada na Bósnia; O Garoto da Bicicleta, dos irmãos Dardenne, da Bélgica; além da favorita, a iraniana Nader e Simin: Uma separação, de Asghar Farhadi.