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Dó, Ré, Mi… mas e o resto? Descubra por que só existem 7 notas musicais

Descubra por que só existem sete notas musicais e conheça a história fascinante dessa descoberta essencial para a música ocidental

24 nov 2025 - 16h00
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A música, desde os tempos mais antigos, é formada por elementos essenciais que determinam sua estrutura. Entre esses elementos estão as notas musicais, que constituem a base para a criação de melodias e harmonias. A existência de sete notas musicais no sistema ocidental chama a atenção não apenas de estudiosos, mas de qualquer pessoa que já se deparou com o universo sonoro.

No cotidiano, as notas dó, ré, mi, fá, sol, lá e si aparecem em diferentes contextos, seja no ensino escolar, no aprendizado de um instrumento ou até mesmo nas letras de músicas populares. Este conjunto padronizado surgiu de uma necessidade: organizar os sons de maneira lógica e compreensível, facilitando tanto a execução quanto o registro das melodias.

Como surgiu o sistema de sete notas musicais?

O sistema de sete notas musicais foi estabelecido a partir da observação das propriedades acústicas presentes em instrumentos e na própria voz humana. A ideia de selecionar sete sons principais, entre todos os possíveis, data da Antiguidade, com raízes na Grécia antiga. Os primeiros teóricos musicais perceberam que, ao dividir uma oitava - o intervalo entre duas notas de mesma altura em séries diferentes - era possível identificar sete alturas distintas que pareciam naturais aos ouvidos.

Com o tempo, esse conhecimento foi se consolidando por meio de experimentos e reflexões filosóficas. O pensador grego Pitágoras foi um dos responsáveis por investigar matematicamente a relação entre sons, associando-os a proporções numéricas. Segundo relatos históricos, o sistema de sete sons, chamados de diatônicos, já era reconhecido por volta do século VI a.C., mas sua codificação se tornou mais popular durante a Idade Média europeia, quando começou a ser ensinado de forma sistemática.

A padronização das sete notas se consolidou na Idade Média, com Guido d’Arezzo, que facilitou o ensino e a notação musica – depositphotos.com / wawritto
A padronização das sete notas se consolidou na Idade Média, com Guido d’Arezzo, que facilitou o ensino e a notação musica – depositphotos.com / wawritto
Foto: Giro 10

Por que as notas musicais são apenas sete?

A base para se ter apenas sete notas está ligada à divisão da escala musical. Em uma escala diatônica, que é a mais usada no Ocidente, há uma sequência de cinco tons e dois semitons dentro de uma oitava. A escolha desses sete degraus principais não é aleatória: ao construir uma oitava, é possível identificar os sons que mais se destacam à percepção auditiva, formando uma sequência que facilita o reconhecimento e a produção musical.

O padrão das sete notas se deve à tradição de usar a escala heptatônica, que se adapta bem a instrumentos e vozes. Esta configuração também permite que melodias soem equilibradas, com pontos de tensão e repouso bem definidos. Outros sistemas, como a escala cromática ou escalas orientais, também existem, mas a predominância do sistema de sete notas se deve à sua clareza e praticidade.

Quando o sistema das sete notas foi definitivamente adotado?

A adoção definitiva do sistema com sete nomes ocorreu durante a Idade Média, quando monges europeus, como Guido d'Arezzo, desenvolveram métodos para facilitar o ensino e a notação musical. Por volta do século XI, Guido nomeou as notas com as sílabas ut, ré, mi, fá, sol, lá e si, baseando-se nas primeiras letras de um hino religioso. Posteriormente, "ut" foi substituído por "dó" para facilitar o canto, consolidando as sete sílabas que conhecemos atualmente.

  • Mi
  • Sol
  • Si

O uso dessas designações permitiu ensinar música de modo mais eficiente por toda a Europa. Com a padronização dos instrumentos e a difusão da teoria musical ocidental, o sistema se tornou predominante e permanece até hoje como referência mundial, apesar da existência de outros sistemas musicais em diferentes culturas.

Apesar de existirem escalas e sistemas diferentes em outras culturas, o padrão heptatônico continua influenciando música clássica, popular e educação musical até hoje – depositphotos.com / AllaSerebrina
Apesar de existirem escalas e sistemas diferentes em outras culturas, o padrão heptatônico continua influenciando música clássica, popular e educação musical até hoje – depositphotos.com / AllaSerebrina
Foto: Giro 10

Curiosidades sobre as notas musicais e seu impacto

A definição das sete notas não impede a existência de variações e adaptações. Além das notas naturais, há alterações como sustenidos e bemóis, que possibilitam uma enorme variedade de combinações. Curiosamente, em algumas culturas orientais, utiliza-se um número diferente de notas principais, evidenciando que o sistema ocidental foi uma escolha histórica e não uma regra absoluta da natureza.

O padrão de sete notas influencia diretamente a forma como as pessoas aprendem música e percebem harmonia. Grandes compositores, ao longo da história, criaram obras marcantes utilizando essa estrutura, e métodos de ensino ainda baseiam-se nesse sistema. A música popular e clássica continuam adotando essas sete notas como ponto de partida, comprovando a relevância desse padrão através dos séculos.

Ao compreender o motivo de existirem sete notas musicais, fica evidente como a combinação entre contexto histórico, tradição e percepção auditiva moldou a música ocidental. O sistema escolhido se tornou um pilar para o desenvolvimento cultural e artístico, consolidando-se como referência para gerações de músicos, educadores e apreciadores.

Giro 10
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