Débora Fernanda revela bastidores intensos de Tremembé e detalha construção da presidiária Raíssa
Atriz Débora Fernanda abre o jogo como a presença de egressas deu realismo ao trabalho
Débora Fernanda vem chamando atenção do público com sua performance como Raíssa na série Tremembé, da Prime Video. A personagem, inspirada em uma mulher real condenada por assassinar uma criança, estabelece uma relação direta com Suzane von Richthofen, interpretada por Marina Ruy Barbosa. Em conversa com a Contigo!, a atriz relembra bastidores, desafios e o mergulho emocional necessário para viver uma das figuras mais densas da trama.
Como Débora Fernanda construiu Raíssa em "Tremembé"
Para incorporar a personagem, Débora passou por um processo longo e meticuloso. A atriz explica que começou sua preparação estudando profundamente o caso real que inspirou a produção. Segundo ela, a leitura do livro Suzane Assassina e Manipuladora, de Ullisses Campbell, obra base da série, foi o primeiro passo.
Em depoimento à reportagem, ela compartilha que buscou referências em diferentes formatos: documentários, produções sobre crimes reais, ensaios no set e observação direta. Débora destaca que um dos momentos mais determinantes foi o contato diário com as egressas que participaram da figuração. "Me inspirei muito nas egressas... ficava atenta a tudo que me conectava com Raissa", conta ela.
A atriz ainda frequentou uma igreja evangélica próxima de sua casa para compreender nuances comportamentais e emocionais da personagem, além de manter acompanhamento psicológico e espiritual durante todo o processo. "O assunto é pesado", afirma.
Dinâmica entre Raíssa e Suzane: parceria, interesse e sobrevivência
A convivência artística entre Débora Fernanda e Marina Ruy Barbosa foi essencial para a construção da relação entre Raíssa e Suzane. De acordo com Débora, a troca entre as duas foi intensa e colaborativa.
Ela explica que ambas personagens encontravam vantagens nessa aproximação dentro da trama. "Raissa matou uma criança... era mal-vista até dentro da cadeia", relembra. A amizade com Suzane se tornou uma forma de proteção. Ao mesmo tempo, Suzane também buscava aliadas após ser perseguida em sua antiga penitenciária. Débora afirma que a parceria com Marina foi natural: "Conversamos sobre as nossas cenas, foi tranquilo e gostoso".
A cena mais desafiadora de "Tremembé" para Débora Fernanda
A atriz classifica sua participação na série como o papel mais relevante de sua carreira no audiovisual, e também o mais exigente. Embora tenha vivido vários desafios, ela aponta a cena do casamento como o momento mais complexo: "A cena já era difícil por ser de emoção... gravamos por horas, mantendo esses sentimentos dentro da gente, o que é bastante desgastante".
O dia de gravação ainda foi marcado por imprevistos: alergia da continuísta, mal-estar de um ator e mudança inesperada na ordem do dia. "Parecia que tinha alguma coisa no ar", relata a atriz. Mesmo com a tensão, ela celebra o resultado final: "Quando assisti fiquei muito feliz, ficou muito boa e é a que eu mais gosto das que participo".
A convivência com Marina Ruy Barbosa e outras colegas influenciou a atuação
Débora destaca que trabalhar com um elenco experiente e reconhecido foi transformador — e, acima de tudo, acolhedor. Ela menciona Marina Ruy Barbosa e Carol Garcia como referências de dedicação dentro do set, o que a motivou a manter o foco.
"Marina é muito dedicada, estudava sempre, aplicada, me inspirava a fazer o mesmo, não cochilei", lembra. A rotina conjunta no set e na sala de descanso contribuiu para que a atriz se aprofundasse emocionalmente em Raíssa.
A trajetória de Débora Fernanda além de Tremembé
Aos 37 anos e com 13 de carreira, Débora Fernanda soma trabalhos importantes no teatro, televisão e streaming. Formada em Arte e Teatro pela UNESP e em Rádio e TV pelas Faculdades Rio Branco, estreou na peça Saga da Bruxa Morgana e Família Real.
Ela pode ser vista também em produções como Biônicos (Netflix) e Tarã (Disney+). No cinema, participou de curtas premiados, entre eles Corre e Ilê, que receberam reconhecimento internacional.
Paulistana, Débora tem trajetória marcada por coletivos de cultura afro-brasileira e indígena, como Trupe Trio e Casa de Maria. Na literatura, publicou contos e poesias em diferentes coletâneas, incluindo Contos da Quarentena e Literatura Negra Feminina: Poemas de Sobre(vivência).
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