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The Walking Dead S08E16: O fim da guerra

Leia a nossa crítica de "Wrath", último episódio da temporada — com spoilers!

16 abr 2018 - 01h53
(atualizado às 07h53)
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Atenção: o texto a seguir contém spoilers do 16º episódio da 8ª temporada de The Walking Dead.

Foto: AMC / AdoroCinema

A guerra entre Rick (Andrew Lincoln) e Negan (Jeffrey Dean Morgan) finalmente chegou ao fim, sem mortes importantes, em um conflito que durou bem menos do que o necessário. The Walking Dead não só acelerou a ação para o último capítulo da temporada, como concluiu a briga com meia hora de episódio.

A série encerrou seu 8º ano investindo no mesmo foco de toda temporada: as palavras de Carl (Chandler Riggs), que impulsionaram uma cena entre Rick e Siddiq (Avi Nash), algo que deveria ter acontecido há algum tempo; estiveram presentes em um flashback, e foram a derrocada de Negan.

Não se pode dizer que "Wrath" ("Ira", na tradução) não teve seus bons momentos. O S08E16, exibido no último domingo, empolgou ao unir todos os personagens de Alexandria, Hilltop e o Reino contra os Salvadores. Destaque para a locação onde aconteceu o conflito, ao ar livre, durante o dia; gerando boas cenas de luta, como de Michonne (Danai Gurira) com sua katana.

Também se juntaram à briga as mulheres de Oceanside — que previsivelmente apareceram — e os ex-Salvadores que eram reféns e prometeram ajudar Tara (Alanna Masterson) e os demais quando Enid (Katelyn Nacon) foge com uma bebê desengonçadamente nos braços e chorando.

A produção ainda tentou apresentar a redenção de Eugene (Josh McDermitt), fazendo com que ele fosse o salvador do dia, ao ter alterado as balas das armas. Por mais que a ideia tenha gerado uma boa sequência — inclusive com um Padre Gabriel (Seth Gilliam) ainda cego e Dwight atacando Negan — não tornou o personagem de McDermitt ainda menos insuportável do que já era. Um dos destaques, inclusive, envolveu Dwight, sempre muito bem interpretado por Austin Amelio, e Daryl (Norman Reedus).

Entretanto, o que mais surpreendeu foi a briga "mano a mano" entre Rick e Negan. Ambientado perto das árvores com vitrais mostradas anteriormente na temporada, o confronto teve um desfecho pouco previsível, trazendo Rick, novamente, traindo sua palavra. Difícil acreditar que, depois de tudo que Grimes fez, ele daria 10 segundos para ele se recompor, mesmo que fosse em nome do Carl. Ainda assim, o mais interessante foi quando Negan revelou que o "uni, duni, tê" que gerou a morte de Abraham (Michael Cudlitz) tinha sido uma farsa.

Um ponto alto do episódio, porém repetitivo, foi o conflito de Morgan (Lennie James), que brilhantemente questiona a Rick que eles são piores do que eram antes. Enquanto, pela primeira vez, a alucinação que ele teve com Jared pareceu interessante, quase divertida; mais uma vez a série resolveu inserir o conflito entre ele e Jesus (Tom Payne), só que desta vez com diálogos, conselhos e um sermão digno do nome bíblico do personagem. O estopim que gerou a saída de Morgan para o spin-off Fear The Walking Dead foi o discurso de Rick, prometendo misericórdia para todos.

Outro destaque do capítulo foi quando o personagem de Andrew Lincoln decidiu poupar Negan, gerando uma reação emotiva e raivosa de Maggie (Lauren Cohan), ainda de luto por seu marido Glenn (Steven Yeun). Parece que a série pretende investir na líder de Hilltop como uma vilã — ao lado de Daryl e Jesus — isso se o contrato de Cohan for renovado para a próxima temporada.

Passado o arco dos Salvadores, The Walking Dead trilha caminho para um novo momento. Ainda que a aguardada trama dos Sussurradores não pareça estar perto de acontecer.

AdoroCinema
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