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10 filmes que poderiam ser consertados por Deadpool

Os grandes problemas de grandes sucessos que só o Mercenário Tagarela pode corrigir.

27 mai 2018 - 10h05
(atualizado às 14h17)
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Atenção! Esta matéria contém spoilers de Deadpool 2!

Foto: AdoroCinema / AdoroCinema

Deadpool 2 tem cenas pós-créditos sensacionais! Na primeira, Wade Wilson convence Míssil (Brianna Hildebrand) e Yukio (Shioli Kutsuna) a consertar o aparelho usado por Cable (Josh Brolin) para viajar no tempo. Na segunda, o Mercenário Tagarela usa a ferramenta para alterar eventos do filme e de outros longa-metragens estrelados por Ryan Reynolds, consertando sua carreira. Genial! Tanto que o AdoroCinema decidiu entrar na brincadeira e pinçar 10 filmes que Deadpool tornaria melhor com mudanças providenciais. Confira:

Sinais

M. Night Shyamalan dirige filmes de suspense como poucos. Sinais é exemplo disso tal como O Sexto Sentido e Corpo Fechado. Porém, no thriller estrelado por Mel Gibson e Joaquin Phoenix, ele começa a mostrar seus primeiros deslizes como roteirista. Após 100 minutos de muita tensão, Sinais quebra todo o clima quando se descobre que a arma letal dos alienígenas é... água! Quer dizer: extraterrestres de QI avançado tiveram a grande ideia de ocupar um planeta cuja superfície é formada por 70% de um elemento que é o seu ponto fraco. Brilhante! Só chamando o Deadpool...

Interestelar

Christopher Nolan já decepciona em Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge, quando abandona por completo a proposta realista da trilogia com um desfecho demasiadamente fantasioso, de uma conveniência desinteressante, e com uma cena de morte patética. Mas nada supera o desfecho de Interestelar. Como dissemos aqui, o cineasta britânico "tanto anseia um lugar próximo a Stanley KubrickAndreï Tarkovski, e atinge o 'requinte' de um Paulo Coelho" com aquele deus ex machina filosofista meloso e fajuto no final.

Bonequinha de Luxo

Alguns filmes envelhecem mal. Bonequinha de Luxo segue muito atrevido e até mesmo atual quase 60 anos depois. É uma pérola. Porém, em um aspecto em particular, o filme de Blake Edwards estrelado por Audrey Hepburn está bastante defasado: no personagem Mr. Yunioshi, um oriental interpretado pelo caucasiano Mickey Rooney de modo estereotipado, grotesco, racista. Exemplo violento de yellowface que merecia ser apagado pelo bem da adaptação do clássico de Truman Capote.

Homem-Aranha 3

Sam Raimi dirigiu com muito sucesso Homem-Aranha e sua continuação, Homem-Aranha 2, até hoje reconhecido como um dos melhores filmes de super-heróis já feitos. Mas algo aconteceu em Homem-Aranha 3. Como se boicotasse a si mesmo, o diretor e roteirista fez um filme confuso, cheio de vilões, um pior que o outro, e com algo muito ridículo em sua trama: ao entrar em contato com o simbionte do Venom, Peter Parker (Tobey Maguire) começa a se comportar como um emo imbecil. Por quê???

Titanic 

James Cameron se tornou o rei do mundo com Titanic. Investiu tudo que tinha, realizou efeitos nunca vistos, e conseguiu fazer um ótimo filme, em termos de reconstituição e narrativa, e assim alcançou a maior bilheteria da história do cinema em números absolutos. Ainda assim, 20 anos depois, algo persiste sem resposta: por que Rose (Kate Winslet) deixou Jack (Leonardo DiCaprio) morrer congelado? Que Deadpool volte no tempo e ao menos faça uma porta menor que a cama king size em que a mocinha esperou o resgate.

Crepúsculo

Dez anos se passaram desde a estreia de Crepúsculo. Tempo suficiente para até os fãs ardorosos reconhecerem que a saga é ruim, não é mesmo? O primeiro filme da série, por exemplo, é um show de horrores. Na fábula de Stephenie Meyer, é perfeitamente normal que o homem invada a casa da mocinha todas as noites para vê-la dormindo. E a jovem ainda acha romântico! O bom senso também passa longe da cena em que Edward (Robert Pattinson) coloca Bella (Kristen Stewart) nas costas, a apelida carinhosamente como "macaco aranha" (!) e sai escalando árvores para exibir suas habilidades. Texto tosco encenado à perfeição com seus efeitos visuais de quinta categoria. Volta, Deadpool!

Star Wars: Episódio 2 - Ataque dos Clones

George Lucas revolucionou a indústria cinematográfica apesar de sérias limitações como diretor e roteirista. Esses defeitos ficam gritantes na segunda trilogia de Star Wars, quando o cineasta concentrou demais as funções e cometeu equívocos tremendos — de Jar Jar Binks à inexplicável escalação de Hayden Christensen como Anakin Skywalker no Episódio 2 - Ataque dos Clones. Na conta do ator canadense, sua fraca atuação e péssima química com Natalie Portman. Mas a verdade é que nem um Marlon Brando daria conta dos diálogos horrorosos entre Anakin e Padmé, como a célebre frase "Eu odeio areia" como premissa calculada de uma cantada, um beijo roubado, em um momento de pura sedução — só que não.

O Homem de Aço

Os mais maldosos — como o próprio Deadpool — diriam que todo o Universo Estendido DC precisa de conserto. Pois, quando tudo começou, um defeito grave de fato aconteceu na concepção do Homem de Aço. Em resumo, Jonathan Kent (Kevin Costner) dá a vida para proteger a identidade de Clark (Henry Cavill). Pois todo o esforço é em vão, haja vista que, poucos minutos depois, o protagonista já se exibe dentro do collant azul. Já no final, esse homem (frio o suficiente para ver o pai morrer) assassina o General Zod (Michael Shannon), torcendo seu pescoço, quando o vilão ameaça matar (mais) anônimos — muito embora o próprio herói tenha engajado uma luta que devasta prédios inteiros, toda uma cidade, sem fazer essa mesma consideração por vidas humanas. É tanta incoerência, e tamanha degradação das características fundamentais do Superman, que somente um retorno no tempo para resolver.

Harry Potter

Chris Columbus adaptou Harry Potter com todo ludismo e magia necessários em A Pedra Filosofal. Alfonso Cuarón investiu a urgência necessária diante da iminência do retorno de Voldemort (Ralph Fiennes), e fez de O Prisioneiro de Azkaban um filme muito sombrio (também o mais original e o melhor de toda a franquia). Então David Yates chegou e tornou tudo muito insípido, investindo tempo demais no que não importa (vide aqueles insossos) e sendo totalmente leviano com as guerras contidas no livro, que são tantas, intensas e emocionantes. As cenas de ação "elaboradas" pelo cineasta se resumem a um raio aqui, outro acolá, com um excesso de cortes incondizente com o efeito monótono das curtas sequências. Fosse diretor de Velozes & Furiosos, Yates faria as cenas de racha com carrinho de bate-bate. Trabalho medíocre.

Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal

Steven Spielberg e George Lucas encerram Indiana Jones muito bem como uma trilogia em 1989, com A Última Cruzada. Ainda assim, eles decidiram investir em um quarto capítulo. E tudo deu errado! Vilões péssimos, coadjuvantes piores, a intensa Marion Ravenwood (Karen Allen) transformada numa personagem sem graça, a computação gráfica excessiva e de baixa qualidade complicando sequências de ação pouco inspiradas, um desfecho com aliens forçado... Enfim: é o caso de Wade Wilson tomar uma medida mais radical e simplesmente apagar Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal da história! 

Bônus: a carreira de Nicolas Cage

Né?!

AdoroCinema
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