Em Ouro Preto, balada gay tem até beijo triplo
Cai a noite e a moçada que não quer compromisso sério ganha asladeiras da histórica Ouro Preto. No Carnaval da cidade, os solteiros fazem a festa. Além da música e da diversão, a turma está mesmo atrás de muito beijo e pegação, atraídos pelo clima das repúblicas, que não param.
Na rua São José, no Centro Histórico, point gay nos dias de folia, o clima é de romance e de azaração. Reduto de gente bonita, o lugar se transformou numa espécie de espaço alternativo.
Os amigos Lucas Domingos, 18 anos, e Vitor Augusto, 21, há mais de cinco anos trocam a folia da capital mineira pelo agito de Ouro Preto. "Não tem festa melhor e com gente mais bonita.Este é o melhor ponto do Carnaval", opinou Lucas.
O casal Sarah Alves, 21, e Pollyana Lambraho, 29, veio demais longe, de Juiz de Fora, na Zona da Mata, para conferir de perto se Ouro Preto era mesmo tudo aquilo que os amigos falavam. "É de fato o melhor Carnaval mineiro, com espaços democráticos", comemorou Sarah.
A estudante Leila Gonçalves,21, viajou com mais 20 amigos gays de Conselheiro Lafaiete. "A melhor definição para o que tenho vivido nos últimos dias é liberdade, com respeito", disse a jovem.
Apesar de a cidade histórica ser conhecida também peloconservadorismo, conviver com espaço GLS tem sido uma quebra de tabu.
"No passado recente, era inconcebível ver doishomens ou duas mulheres se beijando na rua. A população não aceitava", contou Homero Pereira, 48, morador local.
"O que vemos hoje é que Ouro Preto é uma cidade que acolhe bem a diversidade. Não poderia ser diferente, afinal, para uma festa dessa dimensão, tem que haver espaço para todos", completa a esposa de Homero, Fátima Trópia, 45.
Da PrimaPagina
Especial para o Terra