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'L'événement', da francesa Audrey Diwan, fatura Leão de Ouro

11 set 2021 - 15h50
(atualizado às 15h53)
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O filme "L'événement" ("O acontecimento", em tradução livre), da cineasta francesa Audrey Diwan, venceu o Leão de Ouro na 78ª edição do Festival de Veneza, que terminou neste sábado (11).

Audrey Diwan com o Leão de Ouro no 78ª Festival de Veneza
Audrey Diwan com o Leão de Ouro no 78ª Festival de Veneza
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

A produção é protagonizada por Anamaria Vartolomei e Luàna Bajrami e se baseia em um romance autobiográfico homônimo de Annie Ernaux.

O longa estava entre os favoritos ao principal prêmio da mostra e narra a história de Anne (Vartolomei), uma estudante promissora da França dos anos 1960 e que vê o futuro que planejara ameaçado por uma gravidez inesperada.

Com a aproximação dos exames finais e uma gestação cada vez mais evidente, Anne decide agir, mesmo que precise enfrentar a vergonha, a dor e a prisão em uma época na qual o aborto era ilegal.

É a primeira vez desde 1987, com Louis Malle, que um cineasta da França vence o Leão de Ouro no Festival de Veneza. Além disso, Diwan é apenas a sexta mulher na história a ganhar o troféu, se juntando Margarethe Von Trotta (1981), Agnès Varda (1985), Mira Nair (2001), Sofia Coppola (2010) e Chloé Zhao (2021).

Nunca antes as mulheres haviam vencido o Leão de Ouro em dois anos consecutivos.

Outros prêmios

Em outra escolha já aguardada pela crítica, "A Mão de Deus", de Paolo Sorrentino, conquistou o grande prêmio especial do júri.

Neste filme para o Netflix, o cineasta vencedor do Oscar revive sua juventude em Nápoles durante a "era Maradona" (daí vem o nome do longa), em uma obra declaradamente pessoal e autobiográfica.

Já o Troféu Volpi de melhor atriz foi entregue à espanhola Penélope Cruz, estrela de "Madres Paralelas", de Pedro Almodóvar, e o filipino John Arcilla, de "On The Job: The Missing 8", venceu entre os homens.

Filippo Scotti, de "A Mão de Deus", faturou o Prêmio Marcello Mastroianni de jovem ator emergente, enquanto o Leão de Prata de melhor direção ficou com a neozelandesa Jane Campion, de "The Power of Dog", um drama de faroeste ambientado no estado americano de Montana na década de 1920.

Produzida para o Netflix, a obra marca o retorno de Campion, Palma de Ouro em Cannes em 1993, aos longas-metragens depois de 12 anos.

O prêmio de melhor roteiro foi dado a Maggie Gyllenhaal, por "A Filha Perdida", adaptação do romance homônimo de Elena Ferrante, enquanto "Il Buco", de Michelangelo Frammartino, faturou o prêmio especial do júri.

Ansa - Brasil   
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