Investigador em processo de Harry contra jornal nega confissão de culpa
Burrows disse à Justiça que depoimento em seu nome é falso
O investigador particular Gavin Burrows afirmou à Justiça britânica que o depoimento de confissão de culpa em seu nome apresentado como prova de um processo entre personalidades como o príncipe Harry e o grupo Associated Newspapers Limited (ANL), que edita os jornais Daily Mail e Mail on Sunday, é falso.
Burrows, considerado uma peça-chave na ação legal contra a mídia, que além do filho caçula do rei Charles III também traz nomes como o do cantor Elton John e da atriz Liz Hurley, disse aos magistrados que sua suposta confissão, emitida em agosto de 2021, foi "elaborada por terceiros" e sua assinatura, "falsificada".
"Não reconheço a declaração anterior de 16 de agosto de 2021 e acredito que minha assinatura nesse documento tenha sido falsificada. Grande parte dela [da confissão] não está escrita em meu idioma [nativo]", disse ele na última terça-feira (11) ao Tribunal Superior de Londres, tendo já formulado uma nova declaração de 30 páginas em 25 de setembro.
Na suposta confissão, o investigador teria admitido ter grampeado telefones, invadido mensagens de voz e acessado informações financeiras e médicas das personalidades citadas a pedido do Mail on Sunday.
Em 2023, Burrows já havia se retratado parcialmente sobre a declaração de 2021. Ontem, ele negou que tenha realizado qualquer atividade ilegal para a ANL.
Diante da nova alegação, o processo movido por Harry está em risco, cabendo ao advogado do príncipe, David Sherborne, decidir se irá entrar com uma ação na Justiça contra Burrows antes do início do julgamento, marcado para janeiro.