Alagamento no Louvre danifica cerca de 400 obras do Egito Antigo
Funcionários do museu anunciaram greve por 'descaso'
Um alagamento no Museu do Louvre, em Paris, danificou cerca de 400 obras da sala de Antiguidades Egípcias, informou a instituição no domingo (7), levando a uma greve de seus funcionários por ?desprezo às emergências no edifício? histórico.
A inundação, registrada em 26 de novembro, ocorreu na sequência do roubo às joias imperiais da Galeria Apollo, em outubro, e do fechamento provisório da Galeria Campana por problemas estruturais há poucos dias.
Em nota, o Louvre informou que o novo incidente foi causado por um problema no sistema hidráulico que abastece o de aquecimento e ventilação da biblioteca, na Ala Mollien, o qual seria conhecido pelos responsáveis. Uma possível abertura incorreta de uma válvula teria provocado um vazamento em um cano no teto de uma das salas.
"Entre 300 e 400 obras foram danificadas", afirmou Francis Steinbock, vice-administrador do museu.
De acordo com o relato da instituição, a água que vazava dos canos invadiu a sala de Antiguidades Egípcias, "danificando seriamente periódicos de egiptologia e documentação científica" datados do final do século 19 e início do século 20.
Apesar de possíveis danos ao material, o Louvre descartou a hipótese de "perdas irreparáveis e permanentes" na coleção.
O mais recente problema na instituição parisiense levou à realização de uma greve por parte de seus funcionários, que poderá ser prorrogada a partir do próximo dia 15. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (8) por três dos principais sindicatos que atendem o museu, tendo como justificativa ?o desprezo pela emergência no edifício? histórico por parte da direção do Louvre.
No último 17 de novembro, o museu, um dos maiores do mundo, anunciou o fechamento provisório da Galeria Campana, que abriga nove salas dedicadas à cerâmica da Grécia Antiga, devido a instabilidades nas vigas que sustentam os pisos do segundo andar.
Já em 19 de outubro, o Louvre foi alvo de um assalto. Na ocasião, quatro ladrões invadiram o espaço e levaram joias da Era Napoleônica, avaliadas em R$ 550 milhões.