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Vício em cocaína pode fazer o cérebro envelhecer mais rápido

Segundo um novo artigo científico, o vício em cocaína pode impactar uma sub-região dentro do córtex pré-frontal considerada importante para o autocuidado

15 fev 2023 - 21h02
(atualizado em 16/2/2023 às 10h59)
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Em estudo publicado na última terça (14) na revista Frontiers in Psychiatry, pesquisadores afirmam que o vício em cocaína pode fazer o cérebro envelhecer mais rápido. Isso porque, diante de drogas, as regiões do nosso cérebro relacionadas à recompensa são inundadas com dopamina, o neurotransmissor indutor de prazer.

Conforme explicam os pesquisadores, os cérebros saudáveis não estão à mercê de tais descargas de dopamina, porque o córtex pré-frontal ajuda a decidir abrir mão de atividades prazerosas quando não é a hora ou o lugar. Em contraste, esse "controle inibitório" é prejudicado no cérebro viciado, tornando difícil resistir.

Segundo o estudo, o vício em cocaína impacta uma sub-região dentro do córtex pré-frontal considerada importante para o autocuidado, consciência e controle inibitório. Para chegar a essa conclusão, o grupo analisou cérebros criopreservados de 42 doadores falecidos. Desses, 21 pertenciam a viciados em cocaína.

Os pesquisadores encontraram evidências de que essa sub-região dentro do córtex pré-frontal parece biologicamente mais velha em pessoas com o vício na droga, apontando que essas células envelhecem mais rápido do que em pessoas sem transtornos por uso de substâncias.

Foto: rawf8/envato / Canaltech

"Detectamos uma tendência de envelhecimento biológico mais forte do cérebro em indivíduos com transtorno por uso de cocaína em comparação com indivíduos sem o transtorno. Isso pode ser causado por doenças cerebrais relacionadas à cocaína, como inflamação ou morte celular", afirmam os pesquisadores.

No entanto, a equipe por trás do estudo sobre a interação entre o vício em cocaína e o cérebro ressalta que, "como a estimativa da idade biológica é um conceito muito recente na pesquisa sobre vícios e é influenciada por muitos fatores, mais estudos são necessários para investigar esse fenômeno, com amostras maiores."

Fonte: Frontiers in Psychiatry via Frontiers Science News

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