UFSC encontra cocaína na água e não é a primeira vez que o narcótico contamina seres aquáticos
Além da droga, outros contaminantes como cafeína e antibióticos também foram encontrados
Cientistas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) encontraram 35 contaminantes emergentes em amostras coletadas na Lagoa da Conceição, em Florianópolis. Entre esses contaminantes estava a benzoilecgonina, o principal metabólito da cocaína, e a própria cocaína em amostras de água, sedimentos e biota.
Os contaminantes emergentes são aqueles de uso diário, como cosméticos, medicamentos e produtos de higiene pessoal. A cafeína foi o elemento em maior concentração, seguida pela ciprofloxacina, antibiótico utilizado em infecções causadas por bactérias. A clindamicina, outro antibiótico, e o diclofenaco também foram detectados. As substâncias da cocaína foram observadas em 63% das amostras analisadas, sugerindo uma presença significativa e consistente no ambiente.
O estudo começou logo após o rompimento da lagoa de tratamento ocorrido em fevereiro de 2021, que inundou casas e ruas com esgoto sanitário. Como uma das medidas para mitigar esse acidente de grandes proporções, a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) criou um Programa de Recuperação Ambiental, do qual o estudo faz parte.
As amostras foram coletadas em pontos estratégicos da Lagoa da Conceição, em Florianópolis, considerando áreas próximas à estação de tratamento de esgoto, às áreas urbanizadas e às regiões de maior biodiversidade.
Além de representar risco para os habitantes das regiões, as contaminações também podem afetar a vida animal. Compostos como o diclofenaco e a cafeína mostraram altos ...
Matérias relacionadas
Sabíamos que Yellowstone escondia um imenso vulcão, mas não o local onde iria explodir; até agora
Protoclone V1: o robô que transpira e imita movimentos humanos com 1.000 músculos artificiais