Trabalhar mais de 60 horas por semana não é saudável: o Japão está começando a aprender da maneira mais difícil
Redução da jornada de trabalho no Japão não é mais apenas uma questão econômica ou trabalhista: tornou-se problema de saúde pública Um funcionário em tempo integral no Japão trabalha cerca de 1.962 horas por ano e tira 10,9 dias de férias
O Japão luta há anos contra uma sombra que pesa sobre seu modelo de trabalho: o karōshi, ou morte por excesso de trabalho. Esse fenômeno, que reflete o lado sombrio da cultura de trabalho japonesa, está mais presente do que nunca nas estatísticas de acidentes do país. Um novo relatório divulgado pelo Nippon.com revelou que o estresse e os problemas de saúde mental relacionados ao trabalho estão batendo recordes.
Doentes no trabalho
De acordo com o relatório, 883 pessoas foram diagnosticadas com distúrbios de saúde mental diretamente relacionados às suas longas jornadas de trabalho. Esse número representa um aumento significativo de 173 novos casos em comparação com o ano anterior e marca um recorde nos dados. Entre esses casos, 79 foram considerados extremamente graves, resultando em tentativas de suicídio ou mortes, conforme publicado pela mídia especializada HRD.
8,4% dos funcionários no Japão trabalham mais de 60 horas por semana. O setor de transporte e serviços postais lidera o ranking de setores com as jornadas mais longas, com 18,5% de seus trabalhadores excedendo 60 horas semanais. Esses dados mostram que as maratonas de trabalho não desapareceram, mas estão concentradas em áreas específicas do mercado de trabalho.
Impacto não se limita à saúde mental
Por outro lado, o envelhecimento progressivo da população japonesa facilita o agravamento do risco de desenvolver outras doenças derivadas do estresse crônico ao longo dos anos. O relatório aponta que 216 pessoas ...
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