Se alguém pensava que a Europa não tinha chance na corrida pela IA, a Mistral tem algo a dizer
Alta gama de modelos abertos foi dominada por empresas chinesas Devstral 2 posiciona Europa em patamar onde EUA não figuram Diferença entre modelos de negócios ainda existe, mas o mapa mudou
Ao longo do último ano, a elite dos modelos abertos para programação assistida, pelo menos em benchmarks como o SWE-Bench Verified, apresentou uma forte presença chinesa. Nomes como DeepSeek, Kimi e Qwen já haviam se consolidado no topo dos testes e ditado o ritmo em tarefas complexas de engenharia de software, enquanto a Europa ainda buscava seu espaço. A chegada do Devstral 2 altera esse cenário. Não desbanca aqueles que já estavam no topo, mas coloca o Mistral no mesmo patamar de exigência e transforma uma empresa europeia em uma verdadeira concorrente em um campo que até então parecia reservado a outros.
Mudança de liga: o salto tecnológico que vinha se desenhando há algum tempo
Nos últimos meses, os modelos de código aberto desenvolvidos na Europa e nos Estados Unidos apresentaram uma evolução constante, embora ainda sem o desempenho necessário para competir nos testes mais exigentes. O progresso era evidente, mas faltava um projeto capaz de consolidá-lo em um nível superior e demonstrar que esse caminho poderia gerar resultados comparáveis aos benchmarks do setor.
Devstral 2 em dados: desempenho, tamanho e licenças
O novo modelo da Mistral atinge 123 bilhões de parâmetros em uma arquitetura densa e oferece um contexto expandido de 256 mil tokens, acompanhado de uma licença MIT modificada que facilita sua adoção em ambientes abertos. Sua versão compacta, Devstral Small 2, reduz o modelo para 24 bilhões de parâmetros sob a licença Apache 2.0. Nos resultados do SWE-Bench...
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