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Relatos emocionantes de vítimas da Aids viralizam no Instagram

“The Aids Memorial” reúne histórias contadas por familiares e amigos de vítimas

5 abr 2023 - 16h26
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Instagram “The Aids Memorial” tem mais de 235 mil seguidores
Instagram “The Aids Memorial” tem mais de 235 mil seguidores
Foto: Reprodução/Instagram

“Ele gostava de tudo cultural, natural e gratuito. Ele tinha uma rotina regular sobre sua dieta e exercícios. Seu esporte favorito era a Capoeira que praticava desde muito jovem”, narra a filha de uma vítima da Aids. O relato faz parte de uma série de histórias emocionantes sobre pessoas que perderam a vida após contraírem o vírus HIV.

As histórias estão reunidas no Instagram “The Aids Memorial”, que tem mais de 230 mil seguidores e traz relatos de familiares e amigos que perderam entes queridos para a doença. 

“Infelizmente, no início do diagnóstico de Aids, meu pai tinha um comportamento escapista e se recusava a fazer o tratamento. Meu pai faleceu devido a uma doença oportunista e eu acreditei que isso aconteceu porque, no início da doença, ele recusou o tratamento e o vírus ficou forte em seu corpo”, continuou o relato de Iolanda, filha de Francisco Robério (1963-2004).

A história de Francisco se mistura com a de Carlos Henrique, Euclides, Lauro, Brenda, Patrícia e outras vítimas brasileiras da Aids. 

O perfil do Instagram “The Aids Memorial” apresenta uma foto da pessoa, que tem sua trajetória contada por uma familiar, parceiro ou amigo. As histórias emocionantes tiveram grande impacto no Brasil após o autor da página divulgar os casos de Cazuza, Renato Russo, Lauro Corona e outros famosos. 

Desde então, por duas semanas foram selecionados apenas os relatos de personagens brasileiros, embora a página conte a história de vítimas de todo o mundo.

“As métricas do Instagram mostram que a base de seguidores brasileiros é muito grande. Acho que isso acontece porque, quando comecei, fiz alguns posts sobre Cazuza, Lauro Corona, Renato Russo, Sandra Bréa e outros famosos. Amo como os brasileiros ficam entusiasmados quando há um post ligado ao país. Dá para ver pela quantidade de comentários”, disse o idealizador da página, o escocês Stuart, em entrevista ao jornal O Globo. 

“Pode ser avassalador. Muitas vezes, pensei em parar. Há pouco tempo mesmo tive esse sentimento. É um perfil difícil até mesmo de seguir. Muitas pessoas saem, fazem uma pausa e depois voltam. Entendo esse comportamento. Há muita tristeza e sensação de injustiça em cada publicação”, afirmou Stuart ao “O Globo”. 

Apesar dos momentos de dor serem compartilhados, ele acredita que a página pode ajudar as pessoas a lidarem melhor com o enfrentamento da doença. 

HIV no Brasil

Segundo o boletim epidemiológico mais recente da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, mais de um milhão de pessoas vivem com HIV no Brasil. 

Em 2022, houve o registro de mais de 16,7 mil casos da infecção no país. E a maior concentração de casos de Aids está entre os jovens, de 25 a 39 anos, sendo 52,4% no sexo masculino e 48,4% no sexo feminino.

O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue venoso ou digital (ponta do dedo), para realização de testes rápidos ou laboratoriais que detectam os anticorpos contra o HIV. 

Os testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). Também é possível saber onde fazer o teste pelo Disque Saúde (136). 

Fonte: Redação Byte
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