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Peixe raro que nada de cabeça para baixo intriga cientistas

Tamboril-de-nariz-chicote foi flagrado por submarino na costa do Japão

1 dez 2023 - 14h48
(atualizado às 15h08)
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Peixe raro é estudado por cientistas da Nova Zelândia
Peixe raro é estudado por cientistas da Nova Zelândia
Foto: Reprodução/YouTube/ROV edward

Um peixe raro foi descoberto nas profundezas dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico e agora ele está sendo estudado por cientistas. O tamboril-de-nariz-chicote passa os seus dias na escuridão do oceano profundo, de cabeça para baixo, com longas apêndices penduradas que são usadas para "pescar" outras espécies marinhas.

Eles foram filmados por um submarino na costa do Japão. "Ao completar alguns trabalhos de inspeção, notamos este pescador passando por nós a uma profundidade de 1.300 metros", publicou a expedição no YouTube.

O vídeo, filmado perto da fossa Izu-Ogasawara, mostra que um peixe nariz-de-chicote flutua com a corrente, o seu corpo paralelo ao fundo do mar, a boca aberta e centenas de pequenos dentes brilhando à luz.

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Um estudo feito por biólogos liderados por Andrew L. Stewart, do Museu da Nova Zelândia, e publicado no periódico Journal of Fish Biology, mostra que a vara de pescar do tamboril-de-nariz-chicote pode chegar a "quatro vezes o comprimento" total do corpo dele.

A ponta do apêndice guarda ainda bactérias luminescentes, que atraem presas na escuridão. Eles costumam capturar outros peixes e lulas.

Mas somente as fêmeas possuem essas características, uma vez que os machos são bem pequenos e com o corpo comum.

Apesar do flagrante, cientistas costumam esperar outros registros, uma vez que pode ser um comportamento anormal desta espécie.

Em reportagem do New York Times, Elizabeth Miller, que estudou a evolução dos peixes de águas profundas como pós-doutoranda na Universidade de Oklahoma (EUA), comenta o quão revolucionárias as imagens de ROVs (sigla em inglês para veículo operado remotamente) têm sido para a biologia do fundo do mar.

Antes desta tecnologia, os cientistas dependiam de espécimes mortos içados das profundezas por redes de arrasto e mantidos em conserva para preservar os seus tecidos delicados, que são frequentemente danificados pela mudança drástica de pressão.

Deste modo, não havia nada na anatomia do tamboril que sugerisse seu comportamento bizarro.

"Esses vídeos são realmente preciosos. Mesmo um vídeo curto, de um minuto, nos diz tanto sobre como o tamboril está vivendo sua vida que não conseguiríamos de outra forma", disse a especialista.

Fonte: Redação Byte
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