O Japão tem tantos idosos morrendo sozinhos que o número de casas vazias é desconhecido; então eles recorreram a um algoritmo
O desenvolvimento desse sistema, baseado em IA, busca resolver dois problemas crescentes no Japão: as casas vazias e as mortes solitárias
Em setembro, o governo japonês revelou um dado alarmante que dava uma ideia da magnitude da crise demográfica que o país enfrenta. Era o primeiro recálculo oficial das mortes solitárias nos primeiros seis meses do ano, e eram milhares de casos. Mas havia outro dado ainda mais preocupante: o tempo que levavam para encontrar os corpos. Se adicionarmos à equação o fato de que o Japão tem milhões de casas vazias, o problema ganha outra dimensão.
Os idosos
O Japão vem enfrentando há algum tempo as "mortes solitárias", em que pessoas que vivem sem uma rede de apoio falecem e permanecem sem serem descobertas por longos períodos. Em 2024, o governo japonês divulgou números sobre esse primeiro levantamento oficial de mortes solitárias nos primeiros seis meses. 28.330 idosos partiram dessa forma.
Mas há algo ainda mais terrível que indica o nível de solidão dessas pessoas. Esse dado revela o número de idosos que morreram e demoraram para ser encontrados porque ninguém tomava conhecimento dos corpos. Segundo a Agência Nacional de Polícia, as autoridades demoraram duas semanas ou mais para reconhecer a morte em 4.913 casos, ou seja, 17,3%, de acordo com os dados da agência.
As casas
Outro dos problemas do país é o grande número de residências vazias. As chamadas akiya já somavam quase 10 milhões antes de terminar 2024, um desafio que também destacava o mesmo mal endêmico.
Embora seja necessário considerar vários fatores, há um especialmente relevante: a crise demográfica. O país ...
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