O CERN prepara uma aposta colossal para 2070: alguns físicos acreditam que isso pode levá-lo à ruína
O HL LHC estará pronto no final desta década, em 2030. E depois virá o Futuro Colisor Circular
Relato original de Juan Carlos López, do Xataka Espanha
Santiago Folgueras é um jovem físico espanhol que está liderando um projeto importante no CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear). Durante a conversa que tive com ele, há já vários meses, ele me contou com todos os detalhes sobre seu projeto INTREPID, que estará vinculado ao futuro HL LHC (High Luminosity Large Hadron Collider, ou LHC de alta luminosidade). No entanto, o que mais me chamou a atenção foi o entusiasmo com o qual ele me falou sobre o FCC (Futuro Colisor Circular), que será a máquina que presumivelmente sucederá o HL LHC.
Se o itinerário planejado pelo CERN seguir seu curso, o HL LHC estará pronto no final desta década, em 2030. E será capaz de produzir nada menos que 40 milhões de colisões por segundo. A quantidade de informação que gerará será tão enorme que será necessário desenvolver um sistema capaz de analisar os dados em tempo real e tomar uma decisão sobre a colisão que acabou de acontecer.
Este é, precisamente, o objetivo do HL LHC: aumentar drasticamente o número de colisões em comparação com as ocorridas nas iterações anteriores do LHC. A luminosidade mede, de fato, quantas potenciais colisões de partículas ocorrem por unidade de superfície e tempo. Ela é medida em femtobarns inversos, de modo que cada um equivale a 100 trilhões de colisões entre prótons. Vale lembrar que são trilhões na escala longa, ou seja, um femtobarn inverso equivale a 100 milhões de milhões de colisões.