Nano Banana, GPT ou Midjourney: saiba qual IA escolher para fotos, montagens e imagens do zero
Ferramentas como Nano Banana, Flux e Ideogram se destacam em diferentes tipos de criação; entenda quando usar cada uma
Escolher a inteligência artificial (IA) certa para gerar ou editar imagens se tornou uma decisão estratégica. Este ano, ferramentas como Nano Banana (Gemini 2.5), Flux, Midjourney, Stable Diffusion, Ideogram, GPT-4o e o GPT-5 se consolidaram em áreas específicas, atendendo desde retoques realistas em fotos até criações mais complexas.
O Nano Banana, do Google, é referência em edições de fotografias reais, preservando luz, textura e identidade visual; já o Flux, da alemã Black Forest Labs, se destaca na geração de imagens do zero, equilibrando fidelidade ao prompt (comando de texto) e qualidade de imagem.
O Midjourney segue preferido por artistas digitais que buscam uma estética marcante e expressiva, enquanto o Stable Diffusion é indicado para quem quer controle total das criações, podendo gerenciar configurações mais específicas.
O GPT-4o e o GPT-5, integrado ao ChatGPT, se destaca pela praticidade: gera imagens relativamente realistas rapidamente a partir de descrições de texto, sem exigir configuração avançada. Já o Ideogram resolve um problema antigo de muitas IAs: criar texto legível e integrado nas imagens.
A escolha da ferramenta depende do tipo de criação e entender o ponto forte de cada modelo é essencial para alcançar resultados melhores. A seguir, veja qual IA de imagem é mais indicada para cada tipo de projeto.
Edição de fotos existentes e retoques
Quando o trabalho parte de uma fotografia real e exige ajustes localizados, a escolha mais segura é o Nano Banana, apelido do Gemini 2.5 Flash Image. Esse modelo é capaz de alterar cores, remover objetos, trocar fundos ou adicionar elementos sem comprometer luz, sombra e textura.
Seu principal diferencial é a capacidade de preservar a identidade visual da imagem. Em retratos, por exemplo, mantém feições e postura, evitando distorções típicas de modelos menos avançados. Além disso, todas as imagens processadas recebem uma marca digital invisível (SynthID), que identifica a intervenção de IA, medida importante em tempos de debates sobre autenticidade digital.
O Nano Banana também pode usar várias fotos ao mesmo tempo, permitindo combinar elementos diferentes em uma única imagem. Isso é útil para quem precisa criar montagens ou inserir algum item sem refazer toda a cena, como colocar um produto em outro cenário, ajustar reflexos ou adicionar detalhes.
Mesmo com essa precisão, transformações muito grandes, como mudar poses, substituir rostos ou alterar elementos centrais da cena, podem gerar pequenas falhas, como sombras inconsistentes ou detalhes fora do lugar. Por isso, o ideal é utilizar a IA para ajustes localizados, onde a intervenção é pontual.
Geração de imagem a partir de comando de texto
Quando não há uma foto base e a ideia nasce apenas de um conceito, a criação parte do zero. Nesse cenário, as IAs mais indicadas são Flux, Midjourney, GPT-4o e GPT-5 (via GPT-image-1).
O Flux é considerado o destaque de 2025. Sua versão FLUX.1 Kontext combina fidelidade ao prompt com coerência visual, gerando imagens mais precisas e menos propensas a erros de proporção. O modelo também aceita referências híbridas (texto + imagem), o que ajuda a controlar estilo e composição. O Midjourney, por sua vez, se destaca pela estética, ideal para criações mais criativas e projetos visuais com identidade própria.
O GPT-4o, por sua vez, funciona bem quando o objetivo é gerar imagens rapidamente a partir de descrições detalhadas, sem precisar configurar parâmetros avançados. Ele é especialmente útil para conceitos simples ou protótipos visuais, ajudando criadores a testar ideias antes de recorrer ao Flux, Midjourney ou Stable Diffusion para refinamentos mais complexos.
Já o GPT-5 traz o GPT-image-1 como programa dedicado à geração de imagens. Embora o GPT-5 seja mais voltado ao processamento de texto, o GPT-image-1 permite criar imagens detalhadas e realistas a partir de descrições textuais, oferecendo maior precisão e integração multimodal para projetos mais complexos.
Projetos híbridos: colagens e mix foto + IA
Há casos em que a criação tem como base uma foto real, mas exige a adição de elementos gerados. Para esse tipo de composição, a melhor escolha é novamente o Nano Banana (Gemini 2.5 Flash Image), que aceita múltiplas imagens e prompts combinados.
O modelo permite edições localizadas com comandos precisos sem refazer toda a cena, como "adicionar uma janela", "inserir névoa no fundo" ou "trocar o piso por mármore".
Também é possível combinar ferramentas como o Flux ou o Midjourney para gerar elementos decorativos e, depois, fundir tudo no Nano Banana, responsável pela integração final. Em seguida, o Photoshop ou outro editor pode ser usado para ajustes manuais, garantindo recortes e sombras mais naturais.
Criação local e uso offline
Para quem quer privacidade e independência, o cenário ideal é o uso local, sem depender de APIs ou da nuvem. APIs são conjuntos de regras que permitem que softwares diferentes "conversem" entre si. Quando você usa uma IA via nuvem, suas solicitações e dados são enviados para servidores externos que processam as imagens.
Rodar o modelo localmente significa que todo o processamento acontece no seu próprio computador, garantindo controle total sobre dados e configurações. Nesse caso, o destaque é o Stable Diffusion, em suas versões avançadas.
O modelo funciona bem no computador e permite ajustar configurações e estilos, além de proteger dados pessoais e dar total liberdade para criar imagens.
O ponto de atenção está no requisito técnico do computador utilizado para a criação: é preciso hardware potente e familiaridade com as configurações. Usuários menos experientes podem enfrentar dificuldades iniciais, mas ganham em autonomia e custo-benefício no longo prazo.
Imagens com texto legível
Um dos desafios mais persistentes das IAs generativas é lidar com texto. Modelos tradicionais tendem a produzir letras distorcidas ou incompletas e, por isso, o destaque nesse segmento é o Ideogram, criado para integrar tipografia real e legível em imagens.
O modelo é capaz de gerar cenas com placas, cartazes, embalagens e rótulos que mantém consistência gráfica e textual.
A estratégia ideal é combinar ferramentas: criar a base visual no Flux ou no Midjourney e usar o Ideogram apenas para o texto. Em seguida, pequenas correções podem ser feitas em editores gráficos.