Misofonia | Por que alguns sons podem ser perturbadores?
A misofonia se traduz no desconforto excessivo a determinados tipos de sons, e estudos têm a teoria de que isso pode ser uma anomalia na conexão cerebral
A ciência por trás da sensibilidade sonora ainda é compreendida pouco a pouco pelos especialistas. No entanto, já é possível obter algumas ideias do porquê determinados sons podem ser perturbadores para algumas pessoas, como o famoso caso das unhas passando pelo quadro negro, por exemplo.
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Segundo o fonoaudiólogo Jodi Sasaki-Miraglia, um dos diretores da fabricante de aparelhos auditivos Widex, os sons que geralmente causam problemas às pessoas tendem a ser muito altos ou muito agudos, como alarmes ou ambulância.
Fogos de artifício e sons altos de construção também são mais comuns nas queixas, Mas a questão é que a tolerância das pessoas a esses barulhos estridentes pode variar. Assim, é comum que fonoaudiólgos façam testes para descobrir o nível de desconforto de alguém.
Esse teste normalmente faz com que o paciente ouça uma série de sons graves a agudos e julgue o quão altos eles parecem em uma escala de pontuação. A partir dos resultados, o fonoaudiólogo entende o nível do desconforto e pode adaptar quaisquer dispositivos auditivos prescritos de acordo com a necessidade.
Sasaki-Miraglia explicou ao IFL Science que pessoas que apresentam zumbido no ouvido normalmente têm níveis de desconforto de volume (LDL) mais baixos do que o esperado, e que existem várias condições que tornam as pessoas sensíveis aos sons de diferentes maneiras.
Misofonia
Por outro lado, há pessoas que sentem raiva irracional diante de certos ruídos, devido a uma condição cada vez mais conhecida chamada misofonia. Neste ano, uma equipe do King's College London concluiu que uma a cada cinco pessoas sofre de misofonia.
Segundo a Harvard Health Publishing, as pessoas com misofonia tendem a apresentar sinais fisiológicos de estresse muito maiores (aumento do suor e da frequência cardíaca), mas nenhuma diferença significativa foi encontrada entre o grupo que tem a condição.
Os pesquisadores alertam, ainda, que as pessoas que têm misofonia muitas vezes se sentem envergonhadas e não mencionam isso aos profissionais de saúde, e em algumas situações os próprios profissionais de saúde ainda não ouviram falar disso, o que ressalta a necessidade de mais estudos na área, para tornar a condição amplamente conhecida.
Anomalia na conexão cerebral
Enquanto isso, um estudo publicado na revista científica Journal of Neuroscience apontou que a misofonia pode ser anomalia na conexão cerebral. Na ocasião, os pesquisadores mencionaram uma comunicação anormal entre as regiões auditiva e motora do cérebro, descrita ainda como uma 'conexão super-sensibilizada'.
Fonte: Harvard Health, Hearing Aid Research Lab, IFL Science, Plos One, Journal of Neuroscience
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