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Internet

Brasileiros têm reivindicações atendidas com petições online

10 mai 2013 - 04h58
(atualizado às 07h34)
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Pela velocidade e pelo alcance com que as causas se espalham na rede, a internet tornou-se o meio mais utilizado por criadores de abaixo-assinados para divulgar suas campanhas. Duas das principais plataformas de petições online do mundo, a Avaaz e a Change, já possuem versões em português e juntas contabilizam mais de 4,5 milhões de membros.

Na Avaaz, por exemplo, o Brasil já é o país com o maior número de usuários, à frente da França e dos Estados Unidos. Ao todo, 3,7 milhões de brasileiros apoiam as causas do site americano.

A BBC Brasil ouviu três brasileiros que tiveram seus pleitos atendidos após criarem abaixo-assinados virtuais. Confira.

Vera Golik e Hugo Lenzi

Em 2006, depois de acompanhar a batalha diária de três familiares contra o câncer de mama, a jornalista Vera Golik e o fotógrafo Hugo Lenzi decidiram lançar o projeto "De peito aberto", voltado para a autoestima de mulheres que se submeteram à mastectomia.

Vera Golik e Hugo Lenzi pediram às oito principais fabricantes de roupas íntimas femininas do Brasil para fabricarem um sutiã adaptado a mulheres que tiveram suas mamas retiradas
Vera Golik e Hugo Lenzi pediram às oito principais fabricantes de roupas íntimas femininas do Brasil para fabricarem um sutiã adaptado a mulheres que tiveram suas mamas retiradas
Foto: BBC News Brasil

Mas foi em março deste ano que o casal lançou-se em uma empreitada inédita e audaciosa, por meio da convocação de um abaixo-assinado virtual. Os dois pediram às oito principais fabricantes de roupas íntimas femininas do Brasil para fabricarem um sutiã adaptado a mulheres que tiveram suas mamas retiradas devido à doença.

"Sabemos que o câncer acaba com a autoestima da mulher. Trata-se de um processo longo e dolorido. Por essa razão, decidimos pleitear a fabricação de sutiãs lindos, confortáveis e de preços acessíveis para mulheres que tenham se submetido à mastectomia", disse Golik à BBC Brasil.

Até agora, com 13 mil assinaturas, duas das oito empresas já entraram em contato com o casal. Uma delas já confirmou o compromisso de começar a produção dos sutiãs.

A estudante de arquitetura Charline Carelli provocou mudanças em projeto de lei que limitava o uso de bicicletas
A estudante de arquitetura Charline Carelli provocou mudanças em projeto de lei que limitava o uso de bicicletas
Foto: BBC News Brasil

Charline Carelli

Natural de Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, a estudante de arquitetura Charline Carelli, 22 anos, ficou estupefata quando soube de um projeto de lei de um vereador que propunha limitar o uso da bicicleta nas ruas de sua cidade.

Usuária assídua das "magrelas", Carelli decidiu criar, em janeiro deste ano, um abaixo-assinado online para protestar. Em poucas semanas, para sua surpresa, a petição virtual amealhou cerca de 9 mil assinaturas, provocando mudanças no projeto de lei original.

"Como tivemos bastante apoio popular, o vereador nos chamou para conversar. Inicialmente, ele chegou a relutar em alterar o projeto, que excluiria a bicicleta das vias públicas", contou ela à BBC Brasil.

"Mas à medida em que a causa cresceu e recebemos assinaturas até de estrangeiros, ele anunciou que apenas limitaria o uso das bicicletas em praças e calçadas, o que já é previsto em lei", completou.

"A iniciativa não foi arquivada, mas agora é inócua", acrescentou.

Artur de Leos conseguiu tirar lojas não recomendadas pelo Procon de lista de site de comparação de preços
Artur de Leos conseguiu tirar lojas não recomendadas pelo Procon de lista de site de comparação de preços
Foto: BBC News Brasil

Artur de Leos

O produtor multimídia e especialista em cultura digital Artur de Leos, 30 anos, estava a ponto de desistir de usar os serviços do site de comparação de preços Buscapé, o maior do gênero no Brasil e na América Latina, quando teve a ideia de montar uma petição virtual, em dezembro do ano passado.

O objetivo da campanha era alertar os donos da página e outros usuários sobre o número excessivo de lojas virtuais não recomendadas pelo Procon que apareciam constantemente nos resultados das pesquisas feitas por de Leos no site.

Ao todo, a lista negra do órgão de defesa do consumidor era composta por 200 lojas. "Em menos de 24 horas, 600 pessoas assinaram a petição", disse ele à BBC Brasil.

Para potencializar sua campanha, de Leos diz ter sido contatado pela Change, que o ajudou a melhorar a redação do abaixo-assinado, bem como identificar a quem seria melhor endereçá-lo.

Em janeiro deste ano, veio a vitória. "Chegamos a mais de 6 mil assinaturas e a Buscapé decidiu tirar as 200 lojas não recomendadas do seu site".

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