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Inovação

'Quanto mais complexa a IA se tornar, mais iremos confiar nela', diz futurista Amy Webb

Confiança e autenticidade na era dos agentes de IA foi tema de debate da especialista durante a Rio Innovation Week

14 ago 2025 - 20h44
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Se você ainda não confia em sistemas de inteligência artificial (IA), sua opinião ainda vai mudar — ao menos é o que sugere a futurista Amy Webb. Em um painel da Rio Innovation Week com Erick Bretas, CEO do Estadão, a americana afirmou que passaremos a depositar ainda mais confiança nesses sistemas à medida que evoluem.

Perguntada por Bretas como manter a confiança na era dos sistemas multiagentes, IAs capazes de tomar decisões autônomas sem supervisão humana, Amy afirmou que nós já mantemos relações do tipo com IAs.

Amy Webb fala sobre nossas futuras relações com sistemas de IA
Amy Webb fala sobre nossas futuras relações com sistemas de IA
Foto: Pedro Kirilos/Estadão / Estadão

"Usamos IA o tempo todo. Se você usa o Waze ou WhatsApp, a IA faz parte desses sistemas. Não paramos para perguntar "Confio isso?" porque partimos de uma confiança total. E porque esses sistemas multiagentes estão se tornando cada vez mais complexos, sei que muitas pessoas questionam a confiança e os dados, mas elas confiam nesses sistemas sem qualquer problema", afirmou.

E disse: "quanto mais complexos eles se tornarem, mais confiança depositaremos neles, pois se tornarão muito úteis para nós. Não vamos deixar de utilizá-los".

Multiagentes que conversam entre sim

Antes disso, a futurista havia apresentado como a IA se tornou o novo meio por onde mensagens são distribuídas, como foram no passado revistas, cinema, rádio, TV, internet e até a primeira geração de influenciadores da década passada. Para isso, ela montou uma linha do tempo que usava a influenciadora Virgínia Fonseca como representante atual de meio por onde mensagens circulam — estaríamos, portanto, na era de influenciadores humanos que sabem explorar os pilares de distribuição de plataformas sociais, como TikTok e Instagram.

O evolução disso seria a substituição de influenciadores humanos por influenciadores digitais alimentados por IA — e o público também não seria mais humanos, mas sim outras IAs que agiriam em nome de humanos. Ou seja, qualquer tipo de mensagem (política, religiosa, marketing etc) seria divulgada e absorvida por por máquinas.

Erick Bretas e Amy Webb conversam sobre inteligência artificial na Rio Innovation Week
Erick Bretas e Amy Webb conversam sobre inteligência artificial na Rio Innovation Week
Foto: Pedro Kirilos/Estadão / Estadão

"Em breve, a internet deixará de ter pesquisas. Teremos uma internet sem cliques, o que representa uma grande mudança em relação ao que temos hoje. Em vez disso, sistemas colaborativos de IA farão o trabalho por nós. Assim, os consumidores usarão sistemas de IA com memória, o que significa que teremos que descobrir não apenas como fazer marketing para o consumidor para aqueles que fazem marketing, mas também para os agentes, para que você esteja por dentro das recomendações e do feedback positivo coletado. Sejamos realistas: a maioria das empresas não estava preparada no início da internet. Elas também não estavam preparadas no início dos celulares. Vejo a mesma coisa acontecendo agora", afirmou ela.

Autenticidade

A possibilidade de um futuro com ação massiva de agentes de IA levou Bretas a questionar como manter a autenticidade neste novo mundo. "Ter autenticidade seria ótimo. Mas como você faz isso? É hora de começar a trabalhar nisso. Mas o que precisamos é de letramento digital", disse a futurista.

Amy levantou a questão por considerar que a IA pode criar um abismo ainda maior na população, entre os que conseguem identificar e conviver com sistemas de IA, e aquelas que não foram educados para isso. "Fico preocupada que toda uma geração de crianças fique para trás aqui porque elas não têm a capacidade de aprender tudo isso e de ser capazes de distinguir (sistemas de IA)", disse ela. .

Estadão
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