PUBLICIDADE
URGENTE
Saiba como doar qualquer valor para o PIX oficial do Rio Grande do Sul

Golpistas usam Twitter e WhatsApp para vender cartão clonado a R$ 35

Página dos golpistas soma milhares de seguidores no Twitter. " Só chamar na DM aceito Pix", diz o vendedor na rede social

30 mar 2023 - 17h44
(atualizado em 31/3/2023 às 17h34)
Compartilhar
Exibir comentários
Página com o nome Professor do 7 Cartão Clonado soma mais de 1.460 seguidores no Twitter
Página com o nome Professor do 7 Cartão Clonado soma mais de 1.460 seguidores no Twitter
Foto: rupixen.com / Unsplash

Criminosos estão usando o Twitter para vender cartão clonado a partir de R$ 35, segundo reportagem do UOL publicada nesta quinta-feira (30). Sem se intimidar pela exposição, os golpistas mantêm perfis ativos na rede social, onde expõem a satisfação dos “clientes” e fazem propaganda sobre a venda.

“Vem ser feliz, produtos de alta qualidade. Golpe aq (sic) é no governo! Mais informações chama na DM”, escreve um dos golpistas. 

A página, com o nome Professor do 7 Cartão Clonado, soma mais de 1.460 seguidores no Twitter. Outro perfil com o mesmo objetivo, de venda de cartões clonados, reitera que o “golpe é no sistema”.

“Justo certo e correto. Golpe e (sic) no sistema e não no cliente. Vejam os tt e deem rt. Só chamar na DM aceito Pix. Indo não está live, faço a troca na hora”, escreve o perfil “”titio patinhas cartão clonado”. 

Além do cartão, a página também oferece cédulas falsas: “3.000 em notas FAKE por 600 só hoje em”. Perfis de golpistas cometendo o mesmo crime são diversos, e somam mais de 1.500 seguidores cada.

Apesar de as negociações serem feitas no privado, os golpistas não deixam de exibir a satisfação dos clientes e as vendas bem sucedidas. Prints são expostos nos perfis do Twitter com o intuito de promover o negócio. 

Como funciona o esquema

Segundo especialistas, a prática caracteriza diversos crimes, como fraude eletrônica, roubo de identidade, conspiração e lavagem de dinheiro

Pelas redes sociais, os criminosos disponibilizam números de WhatsApp e Telegram para contato e negociação dos cartões. Em seguida, oferecem pacotes que incluem: 

  • Cartão clássico com R$ 300 de saldo por R$ 35; 
  • Tipo Black com R$ 900 de saldo por R$ 80; 
  • Outros com saldo entre R$ 5 mil e R$ 8 mil custam em torno de R$ 460. 

O UOL entrevistou um dos donos destas páginas, que afirmou que os cartões comercializados têm três origens: 

  • De extravios a partir de agências bancárias; 
  • Das ruas após golpes da maquininha aplicados por ambulantes; 
  • De dados financeiros vazados; o que costuma acontecer em sites da dark web.

A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abesc), diz que o Brasil avançou na segurança física, mas que o mundo digital ainda representa um desafio.

“Mais de 98% das compras presenciais feitas com cartões no Brasil são por meio de cartões com chip, e toda a base de terminais de captura (POS) está preparada para receber esse tipo de transação. Em consequência desse investimento, o setor eliminou a clonagem de cartões no ambiente físico, uma vez que as informações do chip não podem ser copiadas”, disse a entidade na reportagem.

Byte tentou entrar em contato com o Twitter, o WhatsApp e o Telegram sobre o problema. O Twitter respondeu com sua resposta automática com emoji de cocô.

Em nota enviada na sexta-feira (31) após a publicação da notícia, o WhatsApp disse que por conta de sua criptografia de ponta a ponta, o app não tem acesso às mensagens dos usuários. A empresa encoraja que as pessoas reportem condutas inapropriadas por meio da opção “denunciar” (menu > mais > denunciar). Os usuários também podem enviar denúncias para o email support@whatsapp.com. 

A plataforma diz ainda que violações nos seus Termos de Serviço e na Política de Privacidade do aplicativo pode levar a medidas como desativar ou suspender contas. "Para cooperar com investigações criminais, o WhatsApp pode também fornecer dados disponíveis em resposta às solicitações de autoridades públicas e em conformidade com a legislação aplicável", diz a nota.

Já o Telegram não retornou até a publicação deste texto, que será atualizado com as devidas respostas.

Fonte: Redação Byte
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade