EUA já imaginavam que a China vetaria sua exportação de terras raras, e têm um plano B: o fundo do Pacífico
Trump dá ordem executiva para permitir o armazenamento de metais encontrados no leito marinho
Em meio à guerra tarifária que acabou se transformando em um confronto bilateral entre Estados Unidos e China, o gigante asiático respondeu bloqueando a exportação de terras raras. A Casa Branca, ao que tudo indica, já esperava por isso e jogou uma de suas últimas cartas.
A administração Trump redigiu uma ordem executiva para permitir o armazenamento de metais encontrados no leito marinho do Oceano Pacífico, segundo o Financial Times. Essa iniciativa busca combater a influência da China sobre as cadeias de suprimento de minerais críticos, já que o país controla 70% do mercado global.
Uma grande reserva
Esses metais estão presentes nos nódulos polimetálicos do leito marinho, que contêm minerais como níquel, cobalto, cobre, manganês e traços de terras raras. De acordo com o veículo britânico, o governo dos Estados Unidos considerou que a mineração em águas profundas garantirá uma fonte nacional desses materiais e, por isso, busca acelerar os pedidos de mineração com base na legislação nacional. Dentro dessa estratégia, estaria incluída a criação de uma reserva estratégica de minerais para garantir o autoabastecimento.
A Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA, na sigla em inglês) é a responsável por regular a mineração em águas internacionais. Em uma reunião recente, ainda não se chegou a um acordo sobre como proceder com a mineração submarina. Muitos países estão pedindo uma moratória sobre essa prática devido ao impacto em ecossistemas marinhos pouco conhecidos.
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