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Eletrônicos

Artista que "ouve" as cores prevê futuro cheio de ciborgues

5 jul 2013 - 16h00
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Dispositivo implantando no corpo faz com que artista ouça as cores
Dispositivo implantando no corpo faz com que artista ouça as cores
Foto: EFE

Neil Harbisson, um artista britânico que nasceu incapaz de ver as cores e desenvolveu um dispositivo implantado em seu corpo que converte as cores em sons, previu nesta sexta-feira um mundo cheio de ciborgues no futuro, em que todo mundo contará com equipamentos eletrônicos dentro do organismo. "Em um futuro próximo, todos teremos tecnologia incorporada ao corpo", afirmou Harbisson durante o festival tecnológico TagDF, na Cidade do México.

No entato, a sociedade ainda não está preparada para "ver seres humanos com tecnologia como parte do corpo", avaliou o artista, que nasceu com acromatopsia, um problema visual que o impede de ver as cores. Ele explicou que só pode ver o mundo em preto e branco, e por isso se viu obrigado a estender seus sentidos através da implantação de um "olho cibernético".

Ele ainda conseguiu ir além da escala cromática e agora vê não apenas as cores básicas, mas também o infravermelho e o ultravioleta, ao convertê-los em 360 microtons da escala musical, disse ele. Harbisson disse que em seu corpo já há uma união real com cibernética. "Eu não sinto que meu corpo seja tecnologia, mas que é uma extensão dos meus sentidos", disse.

Ele observou que, em sua percepção não negros ou brancos, mas todos são uma variação de cor de laranja, enquanto as cidades não são cinza. "Isso é falso, já que cada cidade tem suas cores dominantes, como Madrid, onde dominam o âmbar e o terracota, enquanto Londres tem o vermelho e amarelo", disse.

Para o artista, ir a um supermercado torna-se uma caminhada com música eletrônica por causa da infinidade de cores, enquanto ir a um museu permite-lhe experimentar a arte com uma grande variedade de sons. Uma pintura clássica é muito diferente de um Picasso ou uma obra de Andy Warhol, disse.

Harbisson, que transformou uma fraqueza em força, disse que não se sente mais perto dos robôs, mas para muitas espécies de animais com capacidades de percepção superiores aos dos seres humanos. "Incoporar tecnologia não nos desumaniza, devemos ver a tecnologia como uma criação humana e que isso nos torna mais humanos", disse ele.

Fonte: Terra
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