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Demência infantil existe e cientistas buscam novo tratamento

A demência infantil mata 50% dos pacientes antes dos dez anos de idade. Por isso, tem sido o principal alvo de pesquisa de um grupo da Flinders University

30 abr 2024 - 16h12
(atualizado às 19h09)
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A demência precoce já marca presença na comunidade de medicina, mas poucos olhares estão voltados para a demência infantil. Na verdade, quase ninguém sabe que essa condição existe. Justamente por isso, o pessoal da Flinders University busca incessantemente por métodos de tratamento.

Foto: Stephen Andrews/Unsplash / Canaltech

Tamanha preocupação não é a toa: as consequências da demência infantil são muito delicadas, já que 50% dos pacientes morrem aos dez anos de idade, e 75% aos 18 anos.

O grande problema é que a doença progride de forma muito rápida, o que destaca a necessidade extrema da intervenção precoce.

Em meio à escassa opção de tratamentos, o grupo de pesquisa da Flinders descobriu uma forma de tratamento que altera algumas células afetadas pela demência infantil e torna mais parecidas com células normais.

Reprogramação celular em demência infantil

A equipe desenvolveu um novo modelo celular com reprogramação química direta, e no ensaio clínico transformou células da pele em células do sistema nervoso.

"A reprogramação química das células leva apenas cerca de duas semanas para cada paciente, tornando-se um excelente modelo para identificar rapidamente novos tratamentos que de outra forma poderia levar anos. Um prazo que os pacientes simplesmente não têm", anuncia o grupo.

No comunicado, o Siti Mubarokah, que lidera o grupo, lamenta que a demência infantil não pode ser curada, mas observa que se for possível proporcionar uma intervenção precoce através de medicaments, as crianças com demência podem desfrutar de uma melhor qualidade de vida no futuro.

"Espero que os resultados do projeto conduzam a um tratamento medicamentoso seguro e amplamente disponível para a demência infantil", assume o pesquisador.

Demência infantil preocupa cientistas (Imagem: Ben Griffiths/Unsplash)
Demência infantil preocupa cientistas (Imagem: Ben Griffiths/Unsplash)
Foto: Canaltech

"Nossa pesquisa é impulsionada pelo compromisso de melhorar a vida das crianças afetadas pela demência e de suas famílias", diz o professor Hemsley, também envolvido no grupo de pesquisa.

Para fazer o projeto acontecer, o grupo passou a contar com o apoio de US$ 70 mil (R$ 362 mil) da Fundação Little Heroes.

Demência infantil

No ano passado, a Universidade de Adelaide mostrou 145 distúrbios genéticos que causam demência infantil. Ou seja: a condição resulta de danos cerebrais progressivos causados por um conjunto de doenças genéticas.

No que diz respeito a sintomas da demência infantil, os afetados apresentam perda de memória, confusão, alterações de personalidade, sono gravemente perturbado e dificuldade de concentração, compreensão, aprendizagem e comunicação.

Em outras palavras, a demência infantil " rouba" das crianças as competências que acabaram de aprender, como falar, brincar e reconhecer os seus parentes. Isso pode acontecer ao longo de meses, anos ou décadas, até que eventualmente o cérebro perca a capacidade de manter o corpo vivo.

Fonte: Flinders University, The University of Adelaide

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