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Covid-19: até quando devem surgir novas variantes do coronavírus?

Não há previsão de quando as novas variantes da covid deixarão de aparecer. Isso porque o surgimento de mutações é parte natural do processo evolutivo do vírus

13 jan 2023 - 18h07
(atualizado às 21h16)
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Passados mais de três anos da descoberta do vírus da covid-19, é normal se questionar quando o coronavírus será, de fato, controlado e quando as novas variantes vão parar de surgir. Infelizmente, a resposta é: muito provavelmente, nunca. Por outro lado, a ideia é que a doença se torne endêmica e, cada vez mais, cause problemas controláveis, com baixa letalidade.

Diante do atual cenário, a Organização Mundial da Saúde (OMS) planeja discutir, no final do mês, a possibilidade de finalmente declarar o fim da pandemia da covid-19 — sim, o mundo ainda enfrenta uma pandemia, embora a maioria das medidas para evitar o contágio tenham sido abandonadas.

Quando vão parar de surgir novas variantes do coronavírus?

Como adiantamentos, infelizmente, não há uma previsão para o fim do surgimento de novas variantes do vírus da covid-19. "Faz parte do processo natural de evolução do SARS-CoV-2 adquirir novas mutações para se adaptar à população", explica Paola Resende, pesquisadora do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e uma das curadoras da plataforma Gisaid — o principal banco de dados genéticos do coronavírus no mundo.

Apesar disso, entender que as novas variantes são parte do processo natural não significa que esforços devem ser deixados de lado para controlá-las. Aqui, vale destacar que, quando a circulação de um vírus está alta (elevado número de novos infectados), o risco de novas mutações e variantes aumenta. Potencialmente, isso é perigoso, já que alguma cepa pode desencadear formas mais graves da doença ou provocar uma nova onda.

"Enquanto o vírus circular em altas proporções, existe a possibilidade de surgimento de novas variantes. Por isso, o ideal é que a gente reduza ao máximo essa circulação, para que as chances de surgimento de uma nova variante, que pode ter maior impacto na dispersão da covid-19, seja reduzida", acrescenta a cientistas Resende.

Aumentar a cobertura das vacinas reduz risco de novas variantes

Foto: frender/envato / Canaltech

Além de buscar formas de impedir o contágio e a transmissão do vírus, aumentar a cobertura vacinal, incluindo as doses de reforço, é importante para reduzir o risco de novas variantes. "A vacinação é fundamental, pois contribui para o vírus circular menos e reduz a possibilidade de gravidade daqueles indivíduos infectados", explica Resende.

Em pacientes com casos graves da covid-19, o vírus passa mais tempo dentro do organismo se replicando que em casos leves. Em tese, isso favorece que mutações oportunas surjam e que, eventualmente, desencadeiem novas cepas. Por exemplo, estudos já indicaram que pacientes imunossuprimidos podem acumular uma quantidade maior de mutações que as outras pessoas.

Reforço regular da vacina contra a covid-19

Diante dessas possibilidades, cientistas já defendem a vacinação regular contra a covid-19, igual ocorre com o imunizante da gripe. Neste semana, um estudo da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, apontou para a importância de campanhas de vacinações semestrais ou anuais contra o agente infeccioso.

No Brasil, o Ministério da Saúde, sob o comando da ministra Nísia Trindade, anunciou que a vacinação contra a covid-19 será anual pelo menos para os grupos de risco, como idosos e pacientes imunossuprimidos. Até o momento, detalhes sobre a estratégia de vacinação deste ano ainda não foram divulgados.

Fonte: Instituto Oswaldo Cruz  

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