Tratamento pioneiro no Brasil com células de um órgão feminino pode deixar pacientes tetraplégicos de pé
Medicamento criado pela UFRJ ainda não foi aprovado pela Anvisa para comercialização, mas estudo clínico apresentou bons resultados em pacientes voluntários
A paraplegia é uma condição gravíssima que provoca a perda ou a diminuição da capacidade de movimentar parte do tronco, pernas e órgãos pélvicos. Ela é causada por uma lesão aguda que afeta a medula espinhal e que, na maioria das vezes, é irreversível. Mas e se eu te dissesse que existe um medicamento capaz de regenerar o sistema nervoso, promover a recuperação da medula espinhal e permitir o movimento corporal novamente?
Por mais surpreendente que pareça, nesta terça-feira (9), o laboratório Cristália revelou um novo medicamento capaz de regenerar a medula de pacientes que tiveram paralisia dos membros inferiores ou tetraplegia: a polilaminina. O estudo para a produção desse fármaco foi realizado pela pesquisadora Tatiana Coelho de Sampaio, professora e doutora da UFRJ (Universidade Federal Fluminense), durante os últimos 25 anos. Entretanto, ainda não foi divulgada em sites científicos, com o intuito de proteger a inovação e o impacto do medicamento antes da aprovação da Anvisa.
Polilaminina: medicamento é produzido a partir da placenta de mulheres
As lesões na medula espinhal, geralmente causadas por acidentes, quedas, lesões e até disparos de arma de fogo, podem impedir a comunicação do sistema nervoso com o resto do corpo, provocando a perda dos movimentos de membros inferiores ou superiores (ou os dois). Infelizmente, a ciência nunca encontrou uma cura para esse tipo de lesão. No entanto, Tatiana Coelho de Sampaio e uma equipe de biólogos da UFRJ se dedicaram a ...
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