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Pesquisa

Japoneses afirmam ter criado novo elemento químico

26 set 2012 - 20h10
(atualizado às 20h12)
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Cientistas do Japão afirmam ter conseguido criar em laboratório o elemento químico de número atômico 113 (ou seja, que tem 113 prótons no seu núcleo) - que "faltava" na tabela periódica. Segundo o artigo divulgado no Journal of Physical Society of Japan, os pesquisadores do Centro Riken Nishina identificaram o 113 indiretamente, através de seis decaimentos alfa (ou seja, emitiu cinco partículas alfa, equivalentes ao núcleo do átomo de Hélio).

Imagem feita por um microscópio de força atômica (AFM) mostra uma molécula de nanografeno com ligações carbono-carbono de diferentes distâncias e ordem. A molécula foi sintetizada no CNRS. Segundo pesquisadores, é a primeira vez que se consegue registrar o comprimento e a ordem das ligações entre os átomos
Imagem feita por um microscópio de força atômica (AFM) mostra uma molécula de nanografeno com ligações carbono-carbono de diferentes distâncias e ordem. A molécula foi sintetizada no CNRS. Segundo pesquisadores, é a primeira vez que se consegue registrar o comprimento e a ordem das ligações entre os átomos
Foto: IBM Research / Divulgação

O novo elemento é considerado superpesado, ou seja, não é encontrado naturalmente na natureza e só pode ser feito em laboratório através de reatores nucleares ou aceleradores de partículas. Até agora, somente os Estados Unidos, Rússia e Alemanha haviam descoberto elementos superpesados.

Em 12 de agosto, os pesquisadores japoneses colocaram íons de zinco para viajar a 10% da velocidade da luz. Estes colidiram com uma fina camada de bismuto e o resultado foram íons muito pesados que foram seguidos por uma cadeia de diversos decaimentos alfa consecutivos. Foram estes que foram identificados como produto do 113° elemento.

Foram seis decaimentos colocam os pesquisadores do Japão no páreo pela paternidade do elemento 113, já que em 2004 e 2005 pesquisadores dos Estados Unidos e Rússia já tinham afirmado ter feito a descoberta - contudo estes observaram apenas quatro vezes a emissão de partículas alfa. Acontece que o 113 ao decair duas vezes vira dúbnio e o decaimento deste em laurêncio é bem conhecido pelos cientistas - e serve para provar a existência do novo elemento.

Curiosamente, é muito fácil achar tabelas periódicas com o elemento 113 "descoberto" em 2004. Contudo, a União Internacional de Química e Pura e Aplicada (Iupac, na sigla em inglês) não reconheceu o feito e manteve o buraco na tabela.

Os cientistas japoneses afirmam que foram nove anos de procura por dados para provar a descoberta do 113. A próxima meta deles é encontrar um elemento ainda mais pesado - de número atômico 119.

Fonte: Terra
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