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Pesquisa

Câncer: pesquisa aponta relação de proteína com a metástase

A pesquisa demonstra pela primeira vez a participação da proteína ARHGAP21 na metástase tumoral

12 mar 2013 - 15h16
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Pesquisa do Laboratório de Biologia Molecular do Hemocentro da Universidade de Campinas (Unicamp) apontou, pela primeira vez, a participação de uma proteína na migração celular, responsável por provocar a metástase. O estudo inédito, feito com células humanas saudáveis e cancerígenas, abre novas perspectivas para compreender como uma célula se espalha pelo organismo, provocando o câncer.

"Todas as células do corpo, para formar os tecidos e órgãos, precisam se aderir. Nos tumores, quando a adesão se desfaz, a célula pode sair e invadir outros tecidos, gerando o que chamamos de metástase. Nesse processo de migração, a adesão é essencial. Se adesão é forte, a célula não se solta", explica a biomédica Karin Barcellos, responsável pelo estudo.

Para a pesquisa, a biomédica utilizou células saudáveis humanas e células tumorais de câncer de próstata. Ao cultivar as células, Karin adicionou cálcio para provocar a adesão celular. Após quatro horas, a pesquisadora observou que a proteína ARHGAP21 estava presente nas junções da membrana celular. Após ajudar a construir a adesão celular, a proteína ia embora. 

Para provar esse processo, Karin inibiu a atuação da ARHGAP21. Ela observou que as células sem a proteína passaram a ter uma adesão mais fraca e logo se soltavam. Além disso, a pesquisadora fez outro achado importante: quem estava junto com a ARHGAP21 participando do alongamento e da polaridade da célula, como se fosse uma batalha, eram os microtúbulos, estruturas cilíndricas e ocas formadas por duas proteínas (alfa e beta) chamadas tubulinas. 

Os microtúbulos estão relacionados com o processo de migração celular. Durante esse processo, a pesquisadora observou que a ARHGAP21 afeta a acetilação da alfa-tubulina, processo químico que muda a função da proteína.

Segundo Karin, a pesquisa demonstra pela primeira vez a participação da ARHGAP21 no processo da formação da adesão célula-célula e que ela está na frente da migração da célula, interagindo com os microtúbulos que atuam na divisão celular. Verificou-se também que essa proteína é essencial para a transição epitelial mesenquimal e que esta transição é um fenômeno muito comum no processo de metástase tumoral. E sem ARHGAP21, não há essa transição.

"Esta pesquisa abre um leque de coisas que podem ser afetadas pela ARHGAP21. Estudar este mecanismo é garantir que, ao retirar um tumor, ele não irá aparecer em outro lugar. Mas tudo isso é muito novo. Colocamos uma peça no quebra-cabeça de 200 mil peças", disse a pesquisadora.

Fonte: Informações do Jornal da Unicamp
Fonte: Terra
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