Laboratório recria a primeira molécula após o Big Bang; o resultado não foi bem o esperado
O experimento obrigará os físicos a repensar como as primeiras estrelas se acenderam
Logo após o Big Bang, o universo era um lugar inimaginavelmente denso e quente. Mas, à medida que se expandia e esfriava, a matéria começou a se organizar. Primeiro, os prótons e nêutrons formaram os núcleos dos elementos mais leves. Trezentos e oitenta mil anos depois, as temperaturas caíram o suficiente para que os elétrons se unissem a esses núcleos, formando os primeiros átomos neutros: principalmente hidrogênio e hélio. E foi então, nessa infância cósmica, que nasceu a química.
A primeira ligação química do universo foi o íon de hidreto de hélio (HeH⁺). Uma molécula simples formada por um átomo de hélio neutro e um núcleo de hidrogênio; ou seja, um próton. Durante décadas, seu papel no nascimento das primeiras estrelas foi objeto de intensos debates e simulações teóricas.
Agora, uma equipe de pesquisadores do Instituto Max Planck de Física Nuclear, na Alemanha, conseguiu recriar pela primeira vez as reações dessa molécula em condições semelhantes às do universo primitivo. O resultado foi uma grande surpresa que obrigará os físicos a reconsiderar o que achavam que sabiam sobre como se acenderam as primeiras estrelas.
As primeiras estrelas
Após a formação dos átomos neutros, o universo entrou em um período conhecido como a "Idade das Trevas". Ainda não havia objetos que emitissem luz, como as estrelas. Para que uma estrela nascesse, uma nuvem de gás precisava se contrair até alcançar a densidade e a temperatura suficientes para iniciar a fusão nuclear. Mas havia um ...
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