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Fitoplânctons estão sumindo dos oceanos à taxa de 1% ao ano

30 jul 2010 - 11h04
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Um estudo feito na Universidade Dalhousie, na província canadense da Nova Escócia, e divulgado na revista científica Nature nesta quarta-feira, 29 de julho, revelou que os níveis mundiais de fitoplâncton caíram 40% desde os anos 50. Segundo os pesquisadores, esses números são desconcertantes e assustadores e podem comprometer toda a cadeia alimentar dos mares, inclusive o consumo humano de pescado.

O estudo aponta ainda que esses seres estão desaparecendo em todo o mundo à taxa de 1% ao ano e a causa, segundo os estudiosos, são os efeitos do aquecimento global. Segundo a pesquisa, este declínio é maior nas regiões polares e tropicais e coincidiu com o ritmo com que se aquecem as temperaturas da superfície dos oceanos, resultado das mudanças climáticas.

De acordo com os pesquisadores, quando a superfície do mar se aquece, a água quente no topo não se mistura mais tão facilmente com a água fria abaixo. Isso faz com que seja mais difícil para o fitoplâncton, que é leve e frequentemente vive perto da superfície, obtenha nutrientes das águas mais profundas.

A equipe da universidade canadense estudou os registros populacionais de fitoplânctons realizados desde 1899, quando a clorofila da planta (pigmentos verdes) passou a ser monitorada regularmente. Foram analisadas cerca de meio milhão de medições, promovidas durante todo o século XX.

Importância vital para a vida na Terra
Apesar do seu tamanho, essas minúsculas plantas marinhas são cruciais para boa parte da vida na Terra, alertam os especialistas. "O fitoplâncton é o combustível que move os ecossistemas marinhos", disse à agencia Associated Press o principal autor do estudo, Daniel Boyce. "Um declínio afeta toda a cadeia alimentar, inclusive os humanos", completou.

Segundo Boris Worm, co-autor do estudo, a existência do fitoplâncton é vital não apenas para a sobrevivência da vida marinha e da indústria pesqueira, mas para todo o planeta. "O fitoplâncton é uma parte crítica do nosso sistema de suporte planetário - ele produz metade do oxigênio que respiramos e reduz o dióxido de carbono na superfície¿, disse.

Worm ainda acrescentou que, caso o ritmo de decréscimo permaneça o mesmo, é porque algo realmente sério está acontecendo há décadas. "Tentei pensar em uma mudança biológica maior do que esta, mas nada me ocorreu. A confirmação de nosso estudo significaria que o ecossistema marinho de hoje está muito diferente daquele de poucos anos atrás, e boa parte dessa mudança está acontecendo no oceano, onde não podemos vê-la", afirma.

Outro estudo, desenvolvido também na Dalhousie e chefiado Derek Tittensor, revelou a existência de um vínculo estreito entre as temperaturas marinhas e a concentração de biodiversidade dos oceanos.

Em mais de onze mil espécies, de zooplâncton a baleias, o único fator ambiental vinculado a todas as espécies é a temperatura. "Este vínculo sugere que o aquecimento dos mares, como o provocado pela mudança climática, pode rearranjar a distribuição de vida marinha", disse Tittensor em um comunicado.

Fonte: EcoDesenvolvimento
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