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Estudo aponta que tigre da Tasmânia foi extinto pelo homem

31 jan 2013 - 21h13
(atualizado às 21h22)
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Cientistas australianos que pesquisam a extinção do tigre da Tasmânia puseram a culpa exclusivamente nos humanos, afirmando ter uma desbancado uma longa teoria que apontava uma doença como a responsável pelo desaparecimento do animal.

Esta igreja do século 15 na ilha escocesa de Lewis foi construída pelo clã dos MacLeods
Esta igreja do século 15 na ilha escocesa de Lewis foi construída pelo clã dos MacLeods
Foto: Jim Richardson / National Geographic

O último exemplar do animal, também conhecido como tilacino, morreu no zoológico de Hobart, em setembro de 1936, e embora ao longo dos anos tenha havido avistamentos numerosos em ambiente selvagem, ele foi declarado extinto em 1986.

Quando colonos europeus chegaram ao estado insular da Tasmânia (sul), em 1803, o tilacino - um marsupial carnívoro arisco com aparência de um cão esguio e de grande porte com pele listrada e cabeça semelhante à de um lobo - era comum.

Sua extinção final esteve ligada a um tipo de cinomose que acabou com os exemplares remanscentes, mas estudiosos da Universidade de Adelaide afirmam ter provado que a doença não foi a causa principal.

"Muitas pessoas acreditam que a caça por recompensa sozinha não poderia ter extinguido o tilacino e, portanto, alegam que uma doença epidêmica desconhecida deve ter sido a responsável", disse Thomas Prowse, cientista que chefiou o estudo, publicado na última edição do periódico Journal of Animal Ecology.

"Achamos que poderíamos simular a extinção do tilacino, inclusive a observada rápida queda populacional após 1905, sem a necessidade de invocar uma doença misteriosa", acrescentou.

A equipe de Prowse usou a modelagem de interação de novas espécies para estudar como a chegada de criadores de ovelhas europeus impactou o tilacino de várias maneiras, inclusive com a caça por recompensa entre 1830 e 1909.

"É importante destacar que também consideramos os efeitos indiretos da redução das presas do tilacino - cangurus e wallabies - devido à colheita humana e a competição com as milhões de ovelhas introduzidas" em seu ambiente, disse Prowse.

"Nós demonstramos que os impactos negativos dos colonos europeus foram poderosos o suficiente que, mesmo sem qualquer epidemia, a espécie não poderia escapar da extinção", acrescentou.

No passado, o tilacino era encontrado em toda a Austrália e a Nova Guiné. Acredita-se que o nativo dingo ou cão selvagem tenha contribuído para seu desaparecimento fora da Tasmânia.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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