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Especialistas registram onda recorde de 19m no Atlântico

13 dez 2016 - 09h35
(atualizado às 11h24)
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Um comitê de especialistas da Organização Meteorológica Mundial (OMM) confirmou um novo recorde mundial de onda mais alta, de 19 metros, que foi medido por uma boia no Oceano Atlântico, na parte norte, informou nesta terça-feira a instituição.

A onda foi registrada por uma boia automática às 6h UTC em 4 de fevereiro de 2013 no oceano Atlântico Norte, entre Islândia e Reino Unido.

A medição aconteceu após a passagem de uma frente muito fria, que suscitou ventos de até 81,1 km/h sobre essa zona.

A onda foi registrada por uma boia automática no oceano Atlântico Norte, entre Islândia e Reino Unido.
A onda foi registrada por uma boia automática no oceano Atlântico Norte, entre Islândia e Reino Unido.
Foto: iStock

Uma porta-voz da OMM explicou à Agência Efe que confirmar um novo recorde "sempre leva muito tempo", porque primeiro é notificado à organização, que posteriormente deve criar um comitê de especialistas que verificam e comparam os dados com os anteriores registros.

O recorde anterior, de 18,275 metros, tinha sido registrado em 8 de dezembro de 2007, também no Atlântico Norte.

O Comitê de Avaliação de Fenômenos Extremos da Comissão de Climatologia da OMM, formado por cientistas da Grã-Bretanha, Canadá, EUA e Espanha, classificou este último recorde como "a maior altura significativa de uma onda já medida por uma boia".

A boia que registrou a onda pertence à rede de estações meteorológicas marinhas automáticas do Escritório Meteorológica do Reino Unido.

As boias ancoradas e à deriva são um componente fundamental de uma ampla rede internacional de observações coordenada pela OMM e seus associados.

Suas medições complementam as realizadas desde navios e por satélite, que servem para vigiar os oceanos e prever os perigos meteorológicos em alto-mar.

"É a primeira vez que se mede uma onda de 19 metros. Trata-se de um recorde notável", disse o subsecretário-geral da OMM, Wenjian Zhang.

Zhang indicou que isso mostra a importância das observações e dos prognósticos meteorológicos e oceânicos para garantir a segurança da indústria marítima mundial e para proteger a vida dos tripulantes e passageiros nas rotas marítimas de muito trânsito".

As ondas mais altas costumam ocorrer no Atlântico Norte, mais do que na parte sul.

O novo recorde mundial será acrescentado ao arquivo oficial de fenômenos meteorológicos e climáticos extremos da OMM, que é atualizado constantemente e se amplia graças a contínuas melhoras dos instrumentos, das técnicas e dos métodos de análise, indicou a organização.

O arquivo compreende as temperaturas mundiais máxima e mínimas, os recordes de precipitação, o período de seca mais prolongado, a máxima rajada de vento e os fenômenos meteorológicos e climáticos extremos de ambos hemisférios.

Em fevereiro de 2000 aconteceu um recorde à parte (o da maior altura significativa de uma onda já medida desde uma embarcação) na depressão de Rockall, também no Atlântico Norte, entre o Reino Unido e Islândia.

A altura de uma onda é definida pela distância desde a crista de uma onda até o seio da seguinte.

O termo "altura significativa de uma onda" se refere à média da terça parte das ondas com maior altura registadas durante o tempo considerado.

EFE   
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