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Dentro do útero, bebês fazem careta quando mães comem couve; veja imagens!

Em novo estudo, cientistas registraram, com ultrassom 4D, as expressões que os fetos fazem de acordo com o que as mães comem

23 set 2022 - 12h43
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Cientistas tomaram imagens de ultrassom de bebês em gestação após suas mães ingerirem alguns tipos de alimento e registraram seus gostos: fetos odeiam couve-de-folhas e adoram cenoura, e expressam isso fazendo caretas. Foram estudados 100 fetos e a tecnologia utilizada foi a de ultrassom 4D, investigando uma teoria já considerada pela ciência há algum tempo, mas sem comprovação direta.

Foto: vladimirzotov/envato / Canaltech

A hipótese de que os fetos humanos já começam a ter a experiência do paladar ainda na barriga da mãe, pela ingestão de nutrientes dissolvidos no líquido amniótico, já era antiga. Até recentemente, tomávamos evidências indiretas disso ao estudar as diferentes preferências alimentares de bebês após o nascimento. A pesquisa da Durham University, no Reino Unido, veio para mudar isso.

Sim, esse é o ultrassom 4D de um bebê fazendo cara feia para a couve que sua mãe ingeriu! (Imagem: Ustun/Durham University)
Sim, esse é o ultrassom 4D de um bebê fazendo cara feia para a couve que sua mãe ingeriu! (Imagem: Ustun/Durham University)
Foto: Canaltech

Cara feia é fome... no útero?

Para investigar a teoria, os pesquisadores deram cápsulas contendo pó de cenoura ou de couve-de-folhas (ou penca) a grávidas de 32 e de 36 semanas de gestação (7 e 8 meses, respectivamente). Ultrassons realizados logo após a ingestão mostraram as expressões faciais dos infantes sendo gestados: o gosto de cenoura os deixava com sorrisos no rosto, e as couves os deixaram com caras de choro.

O efeito se apresentou em cerca de 30 minutos após a ingestão das mães. Nesse período, o sabor dos alimentos encapsulados é digerido, absorvido para a corrente sanguínea das progenitoras, metabolizado e posto em circulação pela placenta e feto, sendo finalmente coletado pelo líquido amniótico e quimiorreceptores fetais.

Algumas características ainda foram percebidas, como o fato de que as reações ruins às couves-de-folha tendem a aparecer mais tarde na gravidez do que as reações boas às cenouras. Segundo os pesquisadores, isso se dá porque expressões de desgosto requerem contrações dos músculos faciais mais complexas do que expressões de felicidade.

Bebê mostrando cara de felicidade após sua mãe ingerir uma cápsula com cenoura (Imagem: Ustun/Durham University)
Bebê mostrando cara de felicidade após sua mãe ingerir uma cápsula com cenoura (Imagem: Ustun/Durham University)
Foto: Canaltech

O estudo nos dá um vislumbre do desenvolvimento dos receptores de gosto e cheiro ainda no útero, e poderá ajudar na confecção de hábitos alimentares mais saudáveis ao familiarizar bebês a certos alimentos antes mesmo de nascerem — e é isso que será testado pelos cientistas em pesquisas futuras, isto é, será observado se os fetos diminuirão as respostas negativas à couve mediante exposição prolongada.

Também será verificado se uma exposição maior significará uma aceitação maior aos sabores sentidos no útero após o nascimento. Os mesmos bebês do estudo também serão avaliados para notar como a pesquisa pode ter afetado suas preferências alimentícias após o nascimento. Para as mães, a mensagem que fica é: procure comer alimentos saudáveis na gravidez. Sua vida será, no mínimo, facilitada após dar à luz.

Fonte: Psychological Science

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