Cientistas criam 1º mapa de alta resolução do movimento de gelo na Antártida
18 ago2011 - 16h53
(atualizado às 19h43)
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Uma equipe de cientistas liderada pela Nasa (agência espacial americana) elaborou o primeiro mapa de alta resolução do movimento do gelo na Antártida, o que ajudará a entender melhor o impacto da mudança climática no continente.
Imagem do primeiro mapa de alta resolução do movimento de gelo na Antártida
Foto: EFE
O mapa, publicado nesta quinta-feira na revista "Science", foi elaborado como se fosse um mosaico digital com imagens de satélite proporcionadas pelas agências espaciais do Canadá (CSA), Europa (ESA) e Japão (JAXA) e revela os detalhes do movimento do gelo na Antártida entre 2007 e 2009.
O objetivo deste trabalho, liderado pelo pesquisador Eric Rignot, do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa em Pasadena - estado americano da Califórnia -, é ajudar os pesquisadores a entender as mudanças do continente diante do constante aquecimento global.
"Nosso mapa representa uma importante medida de referência, ao ser a primeira imagem completa do padrão de movimento do gelo (neste período)", explica à Agência Efe o pesquisador Jeremie Mouginot, professor associado do Departamento de Ciências da Terra da Universidade da Califórnia, em Irvine, um dos autores do estudo.
Segundo ele, a velocidade do gelo é uma característica fundamental das geleiras e das camadas de gelo, que mede a velocidade à qual este elemento é transportado das regiões do interior rumo ao oceano.
Suas medições e análises redefinem a compreensão atual sobre a dinâmica da camada de gelo antártica, ao revelar que o fluxo da camada de gelo do continente se compõe de uma complexa rede de afluentes que vêm do interior.
Essa nova visão do movimento da camada de gelo pode favorecer a reconstrução histórica e o prognóstico de sua evolução.
Dado que a grande maior parte de gelo na Terra se encontra na Antártida e que o derretimento das calotas polares pode ter efeitos no nível do mar, este mapa também será útil para pesquisas futuras sobre o aquecimento global.
O trabalho foi concluído durante o Ano Polar Internacional e é o primeiro estudo deste tipo desde 1957.
Em 20 de abril de 2010, uma explosão na plataforma Deepwater Horizon, da empresa British Petroleum (BP), no Golfo do México, impactou na vida marinha, nos habitats costeiros e na vida de pessoas que vivem em comunidades litorâneas
Foto: Getty Images
A tragédia afetou cinco Estados americanos - Flórida, Alabama, Mississípi, Louisiana e Texas - e cinco mexicanos - Tamaulipas, Veracruz, Tabasco, Campeche e Yucatán
Foto: Getty Images
O golfo abriga espécies marinhas desde gigantescos mamíferos até comunidades microscópicas que constituem a base da cadeia alimentar desse ecossistema
Foto: Getty Images
Calcula-se que no desastre ambiental morreram 180 tartarugas, quase 7 mil aves, 150 golfinhos, milhares de lulas, caranguejos, peixes e de extensos recifes de coral
Foto: Getty Images
De acordo com o serviço de vida marinha e selvagem dos EUA, logo após um vazamento dessas dimensões, as autoridades devem: conter os poluentes; efetuar a limpeza dos locais afetados; avaliar os danos; multar a empresa responsável e reaplicar o dinheiro na recuperação da área; elaborar um plano de restauração; e monitorar como evolui a restauração da vida na região
Foto: Getty Images
Em 2007, a Coreia do Sul presenciou o pior derramamento de petróleo a afetar o país, que atingiu cerca de 215 km de praias e rochedos
Foto: Getty Images
Mais de 10 mil t de petróleo vazaram após o acidente entre um cargueiro e um navio petroleiro na Coreia
Foto: Getty Images
Um vazamento de lama tóxica afetou moradores de três vilarejos do oeste da Hungria, em 2010
Foto: AFP
Nove pessoas morreram e mais de 150 pessoas ficaram feridas, a maioria com queimaduras decorrentes do elevado índice de PH (12) espalhado na lama avermelhada
Foto: AFP
O vazamento de uma substância tóxica contaminou cerca de 40 km² do oeste da Hungria e também o rio Danúbio e pode ter chegado aos países vizinhos pela corrente das águas
Foto: AFP
Segundo a prefeitura de Devecser, em um dos vilarejos afetados 30 pessoas tiveram seus imóveis totalmente destruídos pela lama tóxica. Ao todo, extima-se que 300 casas tenham sido danificadas pelo vazamento
Foto: AFP
O governo húngaro havia oferecido na época 700 imóveis em diferentes partes do país para aqueles que preferiam não voltar às duas localidades
Foto: AFP
Imagens mostram como estava o mar de Aral em 1973 (esq.), em 1999 (centro) e em 2009 (dir.). Aral, que na verdade era um gigantesco lago de água salgada na Ásia Central (já foi o quarto maior do planeta), tinha o tamanho da Irlanda. Contudo, desde os anos 60, ele perdeu mais da metade de seu volume. Os rios que alimentam o mar foram sobrecarregados por irrigações nas plantações de campos de algodão, ainda na época da União Soviética
Foto: Divulgação
O berço da civilização também não escapou da mão do homem. Imagens mostram os pântanos da Mesopotâmia (em vermelho) em 1999 (esq.) e em 2000. A histórica região entre os rios Tigre e Eufrates sofreu, na metade do século XX, com a drenagem para a agricultura. Além disso, áreas pantanosas foram drenadas para atingir os contrários ao partido que dominava o Iraque na época