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Bebês choram no idioma materno, diz estudo

Bebês franceses e alemães emitem sons diferentes, diz estudo

5 nov 2009 - 16h03
(atualizado às 18h40)
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Já nos primeiros dias de nascimento, os bebês franceses e alemães não se expressam na mesma língua: enquanto que o vagido dos recém-nascidos franceses se apresenta quase que numa curva ascendente, o dos alemães vai do agudo ao grave, segundo estudo publicado nesta quinta-feira por uma equipe franco-alemã.

"A razão seria, provavelmente, as diferenças de entonações nas duas línguas, que os bebês já ouvem no ventre materno e reproduzem mais tarde", segundo comunicado do Instituto Max-Planck. Dois de seus cientistas participaram da investigação através do Laboratório de Ciências Cognitivas da Escola Normal Superior de Paris.

"A audição é o primeiro sistema sensorial que se desenvolve" nos fetos que são ouvintes atentos durante os últimos três meses da gravidez, segundo Angela Friederici, uma das autoras do estudo divulgado nos anais da Current Biology.

Pensava-se, até então, que o vagido dos recém-nascidos humanos eram unicamente determinados, como entre os bebês chimpanzés, pelo aumento e a diminuição da pressão no sistema respiratório.

"Um erro, como o demonstra pela primeira vez a análise de mais de 20 horas de choro de bebês em maternidades da França e da Alemanha", segundo o comunicado.

Segundo a análise dos vagidos feito pela psicóloga Kathleen Wermke do CHU de Würzburg (Alemanha), "os recém-nascidos têm uma predileção pelos modelos melódicos típicos de suas línguas maternas".

Ora, como constata Friederici, as palavras em francês "são acentuadas no fim, com a melodia ascendente, o que é geralmente inverso em alemão". Por exemplo, a palavra "papa" tem o acento tônico na primeira sílaba, em alemão, ao contrário do que acontece em francês.

Segundo os cientistas, a sensibilidade precoce das melodias linguísticas poderiam, por conseguinte, ajudar os bebês a adquirir a língua materna, embora a origem desta faculdade seja anterior ao aparecimento das línguas faladas tais como as conhecemos hoje.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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