100 anos após o nascimento da mecânica quântica, o Prêmio Nobel foi concedido às pessoas que mataram o gato de Schrödinger
Por mais estranho que pareça, a mecânica quântica descreve o mundo ao nosso redor
Era 1935, e Erwin Schrödinger já estava farto de ler bobagens. Não havia se passado nem uma década desde o nascimento da mecânica quântica moderna, mas o mundo já estava cheio de delírios pseudofilosóficos sobre o que a realidade de fato era.
Foi, então, que o pobre Erwin se cansou e decidiu nos contar sobre seu gato.
Aquele maldito gato de Schrödinger
Sobre seu gato, uma caixa opaca fechada e, além disso, um recipiente com gás venenoso. O recipiente em questão é controlado por um dispositivo de abertura que só funciona se uma partícula radioativa decair em um determinado período de tempo.
Após esse período, a probabilidade do gato estar morto é de 50%, e a probabilidade de estar vivo também é de 50%. "Se não abrirmos a caixa", nos diz a versão padrão desse "paradoxo", "o gato estará vivo e morto ao mesmo tempo". Ou, dito de outra forma, poderíamos ficar tranquilos: enquanto não abríssemos a caixa, o gato não estaria realmente morto.
Segundo muitos intérpretes, na verdade, quem abrisse a caixa estaria matando o gato.
Ninguém entende o pobre Erwin
O interessante de tudo isso é que, apesar de ter sido usado ad nauseam para ilustrar a ideia de superposição quântica, Schrödinger o utilizou para demonstrar o absurdo de aplicar categorias da mecânica quântica ao mundo real (macroscópico). Para o físico austríaco, o maldito gato estaria vivo ou morto, independentemente de abrirmos a caixa ou não.
Mas... e se não for esse o caso?
No entanto, meio século depois de tudo isso, ...
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