A Ucrânia entrou em uma fase tão descontrolada que seus próprios drones estão se abatendo entre si
A Ucrânia é um laboratório de guerra tecnológica em que cada erro, cada interferência e cada inovação são uma antecipação de conflitos futuros
Já se passaram mais de seis meses desde que a guerra na Ucrânia entrou de vez em uma das fases mais descontroladas do conflito. Estamos falando de uma cena que, à época, parecia mais própria da ficção científica: drones lançando drones para atacar outros drones. Com o tempo, esses drones "mãe" se tornaram parte do dia a dia nas ofensivas. O que ninguém previu é que haveria um tráfego tão caótico que ninguém sabe a bandeira do drone que vem pela frente.
Sim, a saturação de drones na guerra da Ucrânia gerou um cenário sem precedentes em que a guerra eletrônica se transforma em uma arma de dois gumes: na tentativa de bloquear drones russos, as forças ucranianas frequentemente interferem em seus próprios aparelhos, provocando perdas e falhas em plena operação. No pior dos casos, abatendo-se entre si.
Isso acontece porque muitos drones de ambos os lados utilizam as mesmas frequências, como ocorre com os Zala russos e os Shark ucranianos. Quando as unidades de guerra eletrônica buscam neutralizar os Zala, também deixam inoperantes os Shark, imprescindíveis para detectar alvos que depois são atacados por artilharia e mísseis. A confusão é tamanha que, em alguns setores de apenas um quilômetro de frente, pode haver mais de 60 drones no ar, exigindo uma coordenação constante que raramente é perfeita.
O risco da saturação
O Business Insider reporta que as condições na linha de frente geram situações de pânico em que soldados, incapazes de distinguir rapidamente se um drone é aliado...
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