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99 lança pacote de segurança no app e quer ajuda dos motoristas para mapear áreas de risco

A empresa vai fornecer mais informações sobre passageiros para motoristas e vai exigir uma maior verificação de documentos para cadastro na plataforma

26 mai 2021 - 12h48
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A 99 anunciou nesta quarta-feira, 26, um conjunto de medidas para aumentar a segurança dos motoristas na plataforma. A partir das próximas semanas, os parceiros poderão encontrar mais informações sobre o status do passageiro no app, além de um mapeamento de áreas de risco para a viagem.

Na tela principal do aplicativo para o motorista — aquela em que ele aceita a corrida — agora serão mostrados o nome do passageiro, sua classificação no app e a frequência com que usa a plataforma. Tudo para indicar para o parceiro um perfil de quem está embarcando na viagem.

Segundo Thiago Hipólito, diretor de segurança da 99, informações como nome e foto já estavam disponíveis no app, mas em uma tela que exigia mais interação dos parceiros — o que resultava em pouco acesso a esses dados — explicou, em entrevista ao Estadão. O que será mostrado ao motorista antes de aceitar a corrida, porém, não vai abranger dados mais pessoais, como telefone e outras informações de contato dos usuários.

Para isso, a 99 vai começar a pedir para os passageiros um maior número de informações para validar o acesso ao aplicativo. Além do cadastro, agora será necessário escanear uma imagem do RG, em tempo real, para análise de autenticação por uma empresa terceirizada, além de responder algumas perguntas que serão fornecidas para a plataforma em parceria com a Serasa Experian, órgão de crédito.

A atividade conjunta entre as duas empresas vai permitir que a Serasa utilize sua base de dados para identificar os passageiros e validar a veracidade das informações com questões baseadas no cadastro do usuário no órgão — isso significa que, para se cadastrar, o passageiro terá de responder informações como nome da mãe ou confirmar algum outro dado, com base nas informações que a Serasa já possui.

De acordo com Hipólito, a 99 não terá acesso às informações confirmadas ao órgão de crédito, de forma que a etapa de verificação é gerenciada pela Serasa dentro do app. O banco de dados dos RGs escaneados também fica sob responsabilidade da empresa terceirizada. A validação de acesso começa a funcionar no mês de junho, informou a 99, enquanto a digitalização dos documentos vai ser exigida a partir de julho.

"A gente sempre faz muitas pesquisas para orientar a nossa tomada de decisão. Fizemos entrevistas com os parceiros para entender, na visão deles, quais as funcionalidades poderiam ser aprimoradas para aumentar a segurança e chegamos a esse pacote", afirmou Hipólito.

Mapeamento de áreas

Outra novidade anunciada pela 99 nesta quarta-feira foi a mudança na indicação de áreas de risco para os motoristas no app. Até o momento, a empresa usava dados internos, como número de incidentes informados pelos motoristas em determinadas áreas, além de alguns indicadores da Secretaria de Segurança Pública (SSP) dos municípios. Agora, a empresa implementa um pilar de participação mais ativa do motorista para fornecer informações sobre os locais.

A primeira das mudanças nesse sentido é a indicação para o parceiro que a corrida que aparece na tela está em uma zona considerada de risco pela empresa. Assim, o motorista pode escolher se vai aceitar ou não a viagem e, caso opte por não fazê-la, não será necessário pagar nenhuma taxa.

A segunda é que agora os motoristas poderão indicar no app se estão começando ou terminando uma viagem em uma área que consideram de risco. Essa informação, somada com dados da SSP e da própria 99, vai construir o que a empresa chama de mapeamento dinâmico.

A ideia é que nenhuma região seja bloqueada do app — o motorista pode, inclusive, optar por fazer viagens nessas áreas — mas informar mais detalhadamente as condições, segundo a empresa, do local de partida ou destino.

Assim, os feedbacks serão concentrados em detalhes como dias da semana e horário da viagem, para alimentar um mapa dinâmico que possa acompanhar o fluxo diário desses locais. De acordo com a 99, um local de grande comércio, por exemplo, pode ser seguro durante o dia, mas deserto durante a noite, o que o classificaria como potencialmente de risco em apenas um período, informou Hipólito.

"A solução é composta por uma combinação de informações. A colaboração dos motoristas, agora, também vai ajudar a gente nesse desenho, no geral. A funcionalidade funciona para o Brasil e para todas as cidades. A gente vai usar isso para trazer essa informação e compor essa definição final de áreas de risco", afima Hipólito.

As medidas de mapeamento dinâmico, colaboração dos motoristas e da tela de segurança no app já estão em funcionamento.

*É estagiária sob supervisão do editor Bruno Romani

Estadão
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