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Funcionário que recebeu carta bomba vai deixar o País

Quinta, 07 de setembro de 2000, 04h34min
Ainda muito assustado e com aparência de cansaço, o funcionário da Anistia Internacional José Eduardo Bernardes da Silva, de 40 anos, que recebeu anteontem uma carta-bomba pelo Correio supostamente enviada por um grupo de skinheads, anunciou ontem que deixará o Estado de São Paulo nos próximos dias.

Embora ele não tenha confirmado, informações extra-oficiais dão conta de que ele sairá do País. "O procedimento é uma norma da Anistia Internacional", disse. Há um ano, desde agosto de 99, Silva vinha recebendo ameaças de skinheads.

"Foram de 14 a 18 cartas, na minha casa e no escritório. Minha vida particular desmontou desde que eu entrei nesse pingue-pongue." Funcionário da Anistia Internacional há 3 anos, e colaborador desde 1986, ele afirma não saber o porquê de os grupos de neonazistas o terem escolhido como alvo.

"No ano passado, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Vereadores montou um grupo para discutir crimes de intolerância por causa do nome da organização." Silva participava como observador da Anistia. "Talvez tenham me escolhido por causa do nome da organização." As ameaças telefônicas eram constantes. "As ligações eram de 30 a 40 segundos. Eles começavam a falar, xingavam muito e não deixavam eu falar."

Por duas vezes, ele foi abordado por integrantes do grupo. "Uma delas foi na Avenida 23 de Maio. Eles vieram para cima do meu carro com um veículo especialmente preparado, que tinha até uma barra de trilho de trem, anti-impacto, na frente." Na outra ocasião, contou, ele estava de moto, e três skinheads, com tacos de beisebol, tentaram atacá-lo. Por sorte, conseguiu escapar. "Não vou desistir da minha causa de defender os direitos humanos só porque estou sofrendo", diz.

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