Atualizado às 12h03
O Grupamento de Ações Táticas (Gate), da Polícia Militar, está na Associação Parada do Orgulho Gay, que denunciou ter recebido uma carta-bomba agora pela manhã. A carta foi enviada para o Edifício Andraus, na Avenida São João, na região central de São Paulo, onde a Associação está localizada. A carta bomba teria sido endereçada a Roberto de Jesus, membro da associação e que este ano coordenou a Parada do Orgulho Gay. O remetente é o mesmo dos envelope com uma bomba enviada ontem a José Eduardo Bernardes da Silva, coordenador de desenvolvimento da ação da Anistia Internacional. Ainda ontem, duas cartas de teor racista foram endereçadas ao vereador Ítalo Cardoso (PT), presidente da Comissão Municipal dos Direitos Humanos, e para o deputado estadual Renato Simões (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa.
A Polícia Civil está investigando uma possível ligação entre as bombas e as cartas. Há suspeitas de que as cartas tenham sido enviadas por um grupo skinhead, de inspiração neonazista, e que tem como principal foco ofensas a homossexuais, negros e nordestinos. Na tarde de hoje o secretário estadual de Segurança Pública, Marco Vinício Petrelluzzi, deverá se reunir com as três pessoas que receberam as cartas e a bomba ontem.
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