Membro de grupo gay tem recebido ameaças há 2 meses

Roberto disse que o autor das ameaças se identica como skinhead (Agência Estado)

Quarta, 06 de setembro de 2000, 13h19min
O presidente da Associação da Parada de Orgulho de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros de São Paulo, Roberto de Jesus, disse que há cerca de dois meses o vice-presidente da associação, Nelson Matias Pereira, tem recebido telefonemas com ameaças. Segundo ele, o autor do telefonema se identifica como um skinhead e diz que "irá matá-lo porque é gay".

Roberto de Jesus informou que as ameaças tiveram início após a realização da Parada Gay, no dia 25 de junho, e que reuniu cerca de 100 mil pessoas, em São Paulo. O presidente da associação afirmou que comunicou ao Grupo de Repressão e Análise dos Delitos de Intolerância (Gradi) o recebimento das ameaças.

A delegada do Gradi (órgão criado há dois meses pela Secretaria Estadual da Segurança Pública), Inês Cunha, afirmou que policiais do 1º Distrito Policial já estavam investigando o caso para detectar o autor dos telefonemas.

A carta bomba recebida nesta manhã por Roberto de Jesus foi postada na Agência dos Correios do Tucuruvi, na capital paulista. Mesmo local em que foi postada a bomba enviada ontem ao coordenador de Desenvolvimento da Ação da Anistia Internacional, José Eduardo Bernardes da Silva. O endereço do remetente da carta bomba é a Rua Antonio Carlos, 653, onde está localizada a Congregação Israelita Paulista.

Os policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar, detonaram a carta bomba no Parque Dom Pedro, região central da cidade.

Leia mais:
Grupo gay denuncia que recebeu carta-bomba em SP
Polícia desocupa prédio que recebeu carta-bomba
Gate tentará preservar bomba
Agência Estado

Volta