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Grupos de skinheads estão confinados na periferia

Quinta, 07 de setembro de 2000, 02h51min
O texto que fazia parte do site dos Carecas do Subúrbio, retirado da Internet logo depois da morte do adestrador de cães, Edson Neris da Silva, em fevereiro, reafirma o que se conta sobre o que está ocorrendo hoje com os skinheads da Grande São Paulo. "Não é uma moda, mas um estilo de vida, que sobrevive em nossos corações mesmo quando somos obrigados a aposentar os suspensórios e os coturnos", dizia um dos trechos.

Depois do assasinato do adestrador, os grupos praticamente abandonaram seus pontos de encontro conhecidos e confinaram-se na periferia da capital e das cidades do ABC. Apesar da discrição, continuam fiéis a sua causa e aos "ideais nacionalistas". Em São Paulo há, basicamente, três grupos de skinheads: os Carecas do Subúrbio, os SP Oi! e os White Powers. Além deles, as cidades do ABC, com exceção de São Caetano do Sul, também têm grupos de carecas.

Diferentemente do restante, os White Powers são conhecidos entre os grupos como os mais radicais e violentos. Os integrantes do movimento - que formam o menor grupo dos skinheads - estão concentrados na região da Avenida Paulista, freqüentam o Bexiga e os Jardins. Grande parte mora na Vila Mariana. São definidos pelos outros como ultra-radicais e preconceituosos.

Não toleram homossexuais, nordestinos, negros, judeus ou imigrantes (asiáticos e sul-americanos, por exemplo). Usam cabelos raspados, praticam artes marciais, são contra as drogas. Vestem coturnos e calças camufladas. Para não serem confundidos com os demais grupos, usam cadarços e suspensórios brancos.

Confusão - Dizendo-se menos radicais, os outros skinheads de São Paulo juram não pregar nada parecido com o racismo. De fato, o extinto site dos Carecas do Subúrbio fala em combate ao preconceito racial.

Segundo o delegado do Grupo de Repressão e Análise dos Delitos de Intolerância (Gradi) Heleno Prado, os grupos têm harmonia. "Não existe muita divisão ideológica entre eles."O grande rival dos skinheads são os anarco-punks. Considerados novos hippies, são mais liberais quanto ao sexo e às drogas.

Os policiais do Gradi já conseguiram fichar 800 pessoas, membros de grupos que podem estar envolvidos em delitos de intolerância, como agressores ou agredidos. "Basicamente, é pancadaria", conta Prado. De acordo com o que pregava o site, nem a polícia vai conseguir desmanchar os grupos. "Nenhuma outra cultura oferece o mesmo senso de camaradagem e a união que os carecas oferecem. E é por isso que sobreviveremos."

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O Estado de S. Paulo

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